Prof. Dílson Catarino - Adjunto Adnominal

 É o termo acessório que explica, determina ou especifica um núcleo de função sintática. Os adjuntos adnominais prendem-se diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer participação do verbo. Isso é facilmente percebido, quando se substitui um substantivo por um pronome: todos os adjuntos adnominais que gravitam ao redor do substantivo têm de acompanhá-lo nessa substituição, ou seja, os adjuntos adnominais desaparecem.


 


– As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro deixam os turistas estrangeiros extasiados.


 


Analisando sintaticamente a oração:


 


– Verbo deixar: Verbo Transitivo direto, pois quem deixa, deixa alguém.

– Sujeito: quem é que deixa os turistas extasiados? Resposta: As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro;


– Núcleo do sujeito: paisagens. Então o sujeito é simples.


 


Se substituirmos o núcleo do sujeito por um pronome, ocorrerá o seguinte:


 


– Elas deixam os turistas estrangeiros extasiados. 


 


Portanto as, esplendorosas e do litoral brasileiro funcionam como adjunto adnominal.


 


– Objeto Direto: As paisagens deixam quem? Resposta: os turistas estrangeiros;

– Núcleo do objeto direto: turistas.


 


Se substituirmos o núcleo do objeto direto por um pronome, ocorrerá o seguinte:


 


– Elas os deixam extasiados. 


 


Portanto os e estrangeiros em os turistas estrangeiros funcionam como adjunto adnominal.


 


Observe que o termo extasiados permaneceu na substituição do substantivo por um pronome. Então ele não é adjunto adnominal, e sim predicativo do objeto, pois qualifica o núcleo do objeto direto turistas: os turistas ficam extasiados.


 



 


Outras maneiras de se comprovar a existência do adjunto adnominal:


 


01) Toda palavra que surgir antes do núcleo, dentro da função sintática, funciona como adjunto adnominal.


 


– Quase todos os brasileiros já se decepcionaram com o governo.


 


Quase todos os funcionam como aa, pois surgem antes do núcleo brasileiros e está dentro da função sintática, pois “Quem se decepcionou?” Resposta: Quase todos os brasileiros.


 




02) Toda palavra sem preposição que surgir após o núcleo, dentro da função sintática, funciona como adjunto adnominal.


 


– Os cidadãos londrinenses revoltaram-se contra o empresário.


 


Londrinenses funciona como aa, pois não há preposição, surge após o núcleo cidadãos e está dentro da função sintática, pois “Quem se revoltou?” Resposta: Os cidadãos londrinenses.


 




03) Toda palavra com ou sem preposição que surgir após o núcleo, dentro da função sintática, funciona como adjunto adnominal, desde que o núcleo seja um substantivo concreto.


 


– Os anéis de ouro foram roubados.


 


O termo de ouro funciona como aa, pois anéis, que é o núcleo do sujeito, é substantivo concreto, e de ouro está após ele: “Que foi roubado?” Resposta: Os anéis de ouro.


 



 


04) Toda palavra com a preposição de posterior ao núcleo de qualquer função sintática que indicar posse (algo de alguém) funciona como adjunto adnominal.


 


– Os anéis do rei foram roubados.


 


O termo do rei funciona como aa, pois indica posse: Algo de alguém = Os anéis do rei.


 



 


05) Toda palavra com a preposição de posterior ao núcleo de qualquer função sintática que praticar a ação contida no núcleo funciona como adjunto adnominal.


 


– A resposta do aluno foi considerada certa.


 


O termo do aluno funciona como aa, pois há a preposição de posterior ao núcleo do sujeito – resposta –, e o aluno pratica a ação de responder.


 



 


06) O pronome relativo cujo sempre funciona como adjunto adnominal.


 




07) Os pronomes oblíquos átonos me, te, lhe, nos, vos e lhes funcionam como adjunto adnominal, quando tiverem valor possessivo, ou seja, quando puderem ser substituídos por meu(s), teu(s), seu(s), nosso(s), vosso(s), minha(s), tua(s), sua(s), nossa(s), vossa(s).


 


– A mãe ajeitou-lhe o vestido.


– A mãe ajeitou o seu vestido.


– A mãe ajeitou a vestido dela.


 



 


08) Quando o adjunto adnominal for representado por uma oração, receberá o nome de oração subordinada adjetiva restritiva.


 


– Os alunos que não estudam enfrentam dificuldades no futuro.


 


– Sujeito: Quem enfrenta dificuldades? Resposta: Os alunos que não estudam.


– Núcleo do sujeito: alunos. A oração que não estudam é oração que funciona como aa. É, então, oração subordinada adjetiva restritiva.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Sky+DirecTV - dúvidas

Cine Total / Sessão Especial - lista de filmes

Menu Sky em 2007 (1)