Prof. Dílson Catarino - Objeto Direto e Objeto Indireto

 Basicamente, são dois os complementos verbais: o objeto direto e o objeto indireto: 


 



 


1)    Objeto Direto:  Complementa um verbo transitivo direto, sem auxílio da preposição.


 


– As professoras ajeitaram as crianças carinhosamente.

– O diretor demitiu os funcionários corruptos.

– Leio, em média, quarenta livros por ano.


 


Verbo transitivo direto é o que exige complemento sem auxílio de preposição. A maneira mais fácil de se identificar o VTD é encaixá-lo no seguinte esquema:


 


– Quem ___________ , ____________ algo ou alguém.


 


Por exemplo, os verbos apresentados:


 


– Quem ajeita, ajeita alguém;


– Que demite, demite alguém;


– Quem lê, lê algo.


 



 


·        Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: Haverá oração subordinada substantiva objetiva direta, quando o objeto direto for representado por uma oração, ou seja, quando houver objeto direto com verbo.


 


– Os atletas disseram que não se doparam.

– “Eu sei que vou te amar…”

– Constatamos que o pagamento não fora efetuado.


 



 


·        Pronomes Oblíquos Átonos: Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto direto são me, te, se, o, a, nos, vos, os, as, e não eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas.


 


– Encontrei-os ontem à noite.

– Meu irmão quer levar-me à sua cidade.

– As provas, revisei-as há pouco.


 


·        VTD, seguido de o, a, os, as:


 


Verbo terminado em vogal ou ditongo oral:


 


Os pronomes não se modificam.


 


– Encontrei-os.


 


Verbo terminado em M, ÃO ou ÕE: Os pronomes se modificam para no, na, nos, nas.


 


– Encontraram-nos.


 


Verbo terminado em R, S ou Z: Os pronomes se modificam para lo, la, los, las, e as terminações desaparecem.


 


– Vão encontrá-los.


 


Outros exemplos:


– Revisei as provas. = Revisei-as.

– Eles revisaram as provas. = Eles revisaram-nas.

– Eles irão revisar as provas. = Eles irão revisá-las.


 



2)    Objeto Indireto: Complementa um verbo transitivo indireto, que é aquele que exige uma preposição 


 


– Assisti a todos os filmes de Almodovar.

– Creia em mim, pois sou fiel.

– Obedeça aos regulamentos da empresa.


 



 


·        Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: Haverá oração subordinada substantiva objetiva indireta, quando o objeto indireto for representado por uma oração, ou seja, quando houver objeto indireto com verbo.


 


– Os professores precisam de que os alunos estejam atentos.

– Acredito em que conseguiremos nosso intento.


 



 


·        Pronomes Oblíquos Átonos: Os pronomes oblíquos átonos que funcionam como objeto indireto são me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.


 


– Não lhe paguei a dívida, por falta de dinheiro.

– Eles não me obedecem.

– Falta-me seu carinho.


 



 


3)    Objeto Direto Preposicionado: Complementa um verbo transitivo direto, com auxílio de preposição.


 


I) Casos obrigatórios:


 


A) Pronomes Oblíquos Tônicos: mim, ti, si, ele, ela, nós, vós, eles, elas. 


– A mim você conhece há anos.


(Quem conhece, conhece alguém – VTD; “Você conhece quem?” Resp.: “A mim” – objeto direto preposicionado)



B) O Pronome Relativo Quem, desde que o antecedente esteja expresso


– A garota a quem ele ama traiu-o.


(Quem ama, ama alguém – VTD; “ele ama quem?” Resp.: “A garota”. Quando, porém, houver a palavra quem entre o VTD e seu OD, este será representado pela palavra quem – pronome relativo. Sempre que o pronome relativo quem funcionar como OD, será preposicionado obrigatoriamente.)

Se a preposição for omitida, o pronome relativo quem se transforma no pronome relativo que: A garota que ele ama traiu-o.

Se o pronome quem for indefinido, o pronome quem se mantém: Não soube a quem cumprimentar primeiro. / Não soube quem cumprimentar primeiro.


C) A palavra Deus. 


– “Amar a Deus sobre todas as coisas”.


(Quem ama, ama alguém – VTD.



D) Para Evitar ambiguidade.


– Vencerá o Santos o Palmeiras.


 


Observe que essa frase é ambígua, pois não há possibilidade de saber quem vencerá quem. A sequência tanto pode ser VTD-SUJ-OD quanto VTD-OD-SUJ, ou seja, tanto pode haver a oração O Santos vencerá o Palmeiras quanto O Palmeiras vencerá o Santos, em ordem indireta. 


Para eliminar a ambiguidade, basta preposicionar o OD, uma vez que sujeito nunca se contrai com preposição, ou construir a frase na ordem direta:


 


– Vencerá ao Santos o Palmeiras. (Sujeito: O Palmeiras)


– Vencerá o Santos ao Palmeiras. (Sujeito: O Santos)


– O Santos vencerá o Palmeiras.


 



 


II) Casos facultativos:


 


A) Pronomes Indefinidos 


– Conheci todos.


– Conheci a todos.



B) O numeral ambos


– Vi ambos.


– Vi a ambos.



C) Nomes Próprios de pessoas 


– Encontrei Etevaldo.


– Encontrei a Etevaldo.



D) Verbos puxar, sacar, pegar, cumprir.


 – Puxou o revólver.


– Puxou do revólver.


 


E) Verbos comer e beber. – O objeto direto desses verbos indicam totalidade; o direto preposicionado, partes.


– Bebi aquela garrafa de refrigerante. Indica que bebi a garrafa toda.


– Bebi daquela garrafa de refrigerante. Indica que bebi apenas parte dela.


 




Objetos Pleonásticos: Haverá objeto pleonástico, enfático ou redundante, quando houver duas palavras funcionando como objeto direto, ou como objeto indireto, representando um elemento só.


 


– Minhas metas, busco atingi-las sempre.



– Aos amigos, quero dedicar-lhes esta canção.


 


Qualquer um dos dois pode ser chamado de objeto pleonástico. O importante é saber quando ocorre o pleonasmo.

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