Prof. Elias Santana - gramática completa

Prof. Elias Santana

Síntese Teórica

Fixe: letra é a representação gráfica do som; fonema é o som em si.  É muito comum o número de letras ser diferente do número de fonemas nas palavras. Veja só:

a) cachorro -  8 letras   e   6 fonemas.

b) chuva –   5 letras   e   4 fonemas.

c) palha –   5 letras   e   4 fonemas.

d) ninho –   5 letras   e   4 fonemas.

e) pássaro –   7 letras   e   6 fonemas.

f) carro –   5 letras   e   4 fonemas.

g) exceto –   6 letras   e   5 fonemas.

Dá-se o nome de  dígrafo à reunião de duas letras que representam um só fonema.  Dividem-se em consonantais e em vocálicos, dependendo de o  fonema efetivamente pronunciado ser consonantal ou  vocálico.


1) Fonética e Fonologia-  São disciplinas que se ocupam dos sons da fala.  A cada um desses sons, ou seja, a cada unidade sonora damos o nome de fonema.

2) Letra e Som -  Não se deve confundir letra, representação gráfica do som, com o fonema, isto é, o próprio som em si.  Daí uma mesma letra poder corresponder a vários sons.

Observe, por exemplo, como a letra “x" apresenta sons(fonemas) diferentes nas palavras abaixo.

exame / xícara / táxi / próximo

  Outro fato curioso é a possibilidade de duas letras corresponderem a um único som.  Veja só:

  hoje – 4 letras e 3 fonemas.

 

  Obs.: O “h" inicial nunca representa som algum (não constitui dígrafo).  É chamado de “letra etimológica", ou seja, permanece no início de algumas palavras por questão histórica.
 
 


Divisão Silábica

Quanto ao número de sílabas, as palavras são divididas em:

a) monossílabas (uma sílaba só): dó, ar, sol, etc.

b) dissílabas (duas sílabas): a-tum, so-fá, le-gal, etc.

c) trissílabas (três sílabas): ti-jo-lo, a-mi-go, ca-mi-nhão, etc.

d) polissílabas (quatro ou mais sílabas): sen-ti-ne-la, sen-ti-men-to, fe-li-ci-da-de, etc.




Síntese Teórica

  Sílaba é um fonema ou um grupo de fonemas emitido num impulso expiratório.  Veja só:

re  tra  to  (3 sílabas).

  A divisão silábica é feita, em regra, pela soletração. Não se leva em conta a formação da palavra. Na escrita, as sílabas são separadas por hífen (-).

pa-ís    re-vis-ta    bi-sa-vô

bis-ne-to    tran-sa-tlân-tico    su-bo-cu-lar

  Fixe: Não existe sílaba sem vogal. A consonante não seguida de vogal fica na sílaba anterior.  Veja:

bí-ce-ps (ERRADO)      bí-ceps (CORRETO)

a-dje-ti-vo (ERRADO)    ad-je-ti-vo (CORRETO)

a-pto (ERRADO    ap-to (CORRETO)

Não se separam:

1) Os ditongos: mãe, sai, lei-te.

2) Os tritongos: a-ve-ri-guei, sa-guão.

3)Os dígrafos CH, LH, NH, GU, QU: cha-ve, ga-lho, ga-nho, guin-cho, que-ro.

4) Os encontros consonantais iniciais: psi-co-se, gno-mo.

5) Os encontros consonantais perfeitos: blu-sa, a-cla-mar.

Separam-se:

1) Os hiatos: ci-ú-mes, ru-im.

2) Os dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC: car-ro-ça, ses-são, cres-cen-te, cres-ço, ex-ce-to.

3) As letras iguais: co-o-pe-rar, oc-ci-pi-tal.

3) -ia(s), -ie(s), -io(s), -ua(s), -ue(s), -uo(s), -eo(s), -ea e -oa(s), quando finais átonos de palavras, podem ser considerados tanto ditongos como hiatos: Veja: pá-tria ou pá-tri-a

Ditongo: é o encontro de uma semivogal e de uma vogal, independentemente da ordem, numa mesma sílaba.  As semivogais ora têm o som de “i", representadas foneticamente por /y/, ora têm o som de “u", representadas foneticamente por /w/.  Há necessariamente uma, nunca mais de uma, vogal em cada sílaba.  Os ditongos se dividem em crescentes (SV + V) e decrescentes (V + SV).

mau    [maw]   3 letras e 3 fonemas

mão  [mãw]  3 letras e 3 fonemas

pais  [pays]  4 letras e 4 fonemas

pães  [pãys]  4 letras e 4 fonemas

quadra  [kwadra]  6 letras e 5 fonemas

  Ocorre ditongo nasal /ãw/ no final “-am" das formas verbais: amam, deviam, escreveram, etc.

falam  [falãw]  /ãw/ ditongo nasal

  Também é comum surgir uma semivogal nos segmentos gráficos “-em" e “-ens", sobretudo em final de palavras.  Veja:

bem  [bey]  /ey/ ditongo nasal

amém  [amey]  /ey/ ditongo nasal

quem  [key]  /ey/ ditongo nasal

mente  [meynti]  /ey/ ditongo nasal

Tritongo: é a presença de uma vogal entre duas semivogais numa mesma sílaba.

quais  [kways]  /way/ tritongo oral

saguão  [sagwãw]  /wãw/ tritongo nasal

frequente  [frekweyti]  /wey/ tritongo nasal

Hiato: é o encontro de duas vogais que se separam silabicamente.

ca-a-tin-ga  sa-í-da  vo-o

Dá-se o nome de  dígrafo à reunião de duas letras que representam um só fonema.  Dividem-se em consonantais e em vocálicos, dependendo de o  fonema efetivamente pronunciado ser consonantal ou  vocálico.

Dígrafos consonantais – Encontro de duas letras que correspondem a um só som, e tal som é consonantal.  Veja:

mecha -   5 letras   e   4 fonemas

ilha -   4 letras   e   3 fonemas

vinho -  5 letras   e   4 fonemas

barro -  5 letras   e   4 fonemas

assar -  5 letras   e  4 fonemas

nascer -  5 letras   e   4 fonemas

nasça  -  5 letras   e   4 fonemas

exceto -   6 letras   e   5 fonemas

guerra-  6 letras   e   4 fonemas

queda-   5 letras   e   4 fonemas

Dígrafos vocálicos – Encontro de duas letras que correspondem a um só som, e tal som é vocálico.  Em geral(ou seja, não é sempre), há dígrafo quando qualquer vogal está seguida de “m" ou “n" na mesma sílaba.  Veja só:

anta  [ãta] -   4 letras e 3 fonemas

ponta  [põta]-  5 letras e 4 fonemas

Obs.: Nos casos acima, observe, a letra “n" não representa um som individual; seu papel é apenas o de nasalizar a vogal.  Compare:

anta [ãta]    #    nata [nata]

   4 letras e 3 fonemas  4 letras e 4 fonemas

Encontro Consonantal:  é a reunião de duas consoantes pronunciáveis e descritas foneticamente.

bloco-  5 letras   e   5 fonemas

briga-  5 letras   e   5 fonemas

draga-   5 letras   e  5 fonemas

flácido-  7 letras   e   7 fonemas

  Observe que o encontro consonantal é muito diferente do dígrafo consonantal.
 
Alguns casos básicos de acentuação gráfica

1. Acentuam-se oxítonos e monossílabos tônicos terminados em –a(s), –e(s)e –o(s): já, pé, pó, sofá, você, avó, etc.

2.  Acentuam-se os oxítonos terminados em   –em,  –ens: ninguém, parabéns, também, intervém etc.

3. Acentuam-se os paroxítonos terminados em -r, -x, -n, -l, -t, -ps, -i(s), -us, -ão(s), -ã(s), -um, -uns e ditongos orais: caráter, tórax, próton, túnel, superávit, bíceps, lápis, táxi, vírus, órfão, órfã, álbum, fóruns, vôlei,etc.

  Obs.: Não se acentuam prefixos gregos e latinos: super, hiper, semi, hemi, etc.

4. Acentuam-se os proparoxítonos, quer sejam reais, quer sejam relativos: úmido, fanático, médico, perícia, transparência, etc.

5. Acentuam-se os ditongos abertos  –eu(s), –ei(s),  e –oi(s), excetuando estes dois últimos quando se encontram em vocábulos paroxítonos: chapéu, fiéis, dói, escarcéu; mas ideia, estreia, joia, boia, etc.

  Obs.: No Português moderno, não há o ditongo –eu em sílaba tônica de vocábulos paroxítonos: ocorrem apenas alguns raríssimos casos de origem Tupi ou similar, quase todos relativos a espécies botânicas.  Ei-los: ararandéua, araréua, ateréua, béua, buratéua, cambéua, cobéua, jarandéua, marrecapéua, mupéua e pepéua.

6. Acentuam-se as vogais –i(s)e –u(s)quando segundas de hiato gráfico, desde que a sílaba seguinte não comece por –nh: rainha, sainha, saída, saúde, baú, etc.

  Obs.: Tais vogais deixaram de ser acentuadas quando, em vocábulos especificamente paroxítonos, são precedidas de ditongo decrescente: feiura, bocaiuva, etc.

7.  Acentos diferenciais:

a) de intensidade: só existe um caso, que é o do verbo pôr, para diferenciar da preposição por.

b) de timbre: persiste, por exemplo, na forma verbal pôde, pretérito perfeito do indicativo, para diferenciar da forma verbal pode, presente do indicativo.

c) de número: aparece na terceira pessoa do plural dos verbos ter, vir e derivados, para indicar plural.

  ele tem / eles têm - ele detém / eles detêm  ele vem / eles vêm - advém / advêm

  Obs.: Não mais se acentua a primeira vogal dos hiatos -ee- e -oo-.  Veja: voo, zoo, leem, creem, veem, etc.

d) facultativo: na palavra fôrma, para diferenciar de forma e na forma verbal dêmos, presente do subjuntivo, para diferenciar de demos, pretérito perfeito.

Aceita-se acento agudo ou circunflexo:
a) em algumas palavras oxítonas terminadas em e: bebé ou bebê, bidé ou bidê, canapé ou canapê, croché ou crochê, guiché ou guichê, matiné ou matinê, nené ou nenê, puré ou purê
b) em palavras proparoxítonas, reais ou relativas, cujas vogais tônicas e ou o estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais grafadas m ou n: acadêmico ou académico, Amazônia ou Amazónia, fenômeno ou fenómeno, gênero ou gênero, fêmea ou fémea, gêmeo ou gémeo, gênio ou génio, Antônio ou António

Até 18 de dezembro de 1971, os advérbios terminados em mente derivados de adjetivos e as palavras com o sufixo zinho eram acentuadas. Se a palavra tivesse acento agudo, ele passava a acento grave: difícil - difìcilmente, vovó - vovòzinha.

Ortografia deriva das palavras gregas ortho que significa "correto" e graphos que quer dizer "escrita", ou seja, ortografia é a forma correta de escrever as palavras. A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua.

  As letras k, w e y (usados em casos especiais) foram reincorporadas ao alfabeto com a Reforma Ortográfica. O alfabeto passa a ter 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.

  A ortografia é um verdadeiro tormento aos usuários da língua, pois não é fácil a sistematização, por exemplo, de quando se usar -z-, -s-, -x-, etc.  Mesmo não representando a totalidade dos casos, existem algumas poucas regras que passaremos a ver agora.  Vamos lá.

O fonema(som) é Z, mas se escreve S

1) nas formas dos verbos pôr e querer: pôs, pusemos, quisera, quis, quiseste, etc.

2) nas palavras terminadas em -ês, -isa e -esa que indicam origem, formas femininas, títulos: português, norueguesa, marquês, duquesa, poetisa, baronesa, princesa, etc.

3) nos verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possui -s: análise – analisar; pesquisa – pesquisar; paralisia - paralisar. Há exceções: batismo – batizar; catequese - catequizar; ênfase - enfatizar; hipnose - hipnotizar; síntese - sintetizar etc.

4) nas palavras no diminutivo que apresentam -s no radical: casa – casinha; lápis – lapisinho; português – portuguesinho; camponesa – camponesinha; etc.

5) após ditongos: coisa, pausa, pouso, ausência, maisena, etc.

6) nos adjetivos com os sufixos -ense, -oso, -osa: gostoso, graciosa, teimosa, cheirosa, niteroiense.

7)
A correlação nd – ns:
Pretender – pretensão, pretensioso
Expandir – expansão, expansionismo
A correlação rg – rs:
Aspergir – aspersão
Imergir – imersão
Emergir – emersão
A correlação rt – rs
Divertir – diversão
Inverter – inversão
A correlação corr – cus
Concorrer – concurso
Correr – curso

  Outros casos que não podem ser sistematizados: aliás, hesitar, despesa, represa, requisito, esplêndido, esplendor, espontâneo, colisão, querosene, presépio, fusível, etc.

Síntese Teórica II

O fonema(som) é Z e se escreve Z mesmo.

1) nos substantivos abstratos com final -ez e -eza provenientes de adjetivos: embriaguez, limpeza, lucidez, beleza, acidez, etc.

2) nos verbos com o sufixo –izar.

economia – economizar

ameno – amenizar

frágil – fragilizar

3) nos derivados de palavras que apresentam –z: cruz – cruzeiro; vazio – esvaziar; raiz – enraizar; etc.

4) nos diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possui -s- no radical: mulher – mulherzinha; árvore – arvorezinha; pincel – pincelzinho; etc.

  Outros casos que não podem ser sistematizados: baliza, buzina, ojeriza, proeza, coalizão, deslizar, etc.
 
Escrevemos com SS:
A correlação ced – cess:
Proceder – processo
Interceder – intercessão
Conceder – concessão, concessionária
A correlação gred – gress
Agredir – agressão, agressivo
Progredir – progressão, progresso
A correlação prim – press
Imprimir – impressão, impressora
Oprimir – opressão, opressor
Reprimir – repressão, repressivo
A correlação meter – miss
Comprometer – compromisso
Prometer – promessa
A correlação tir – ssão
Discutir – discussão
Transmitir – transmissão

Síntese Teórica III

O fonema(som) é X e se escrevem X mesmo.

1) nas palavras de origem tupi, africana, inglesa: abacaxi, muxoxo, xerife, xampu, xangô, etc.

2) depois de ditongo: frouxo, feixe, etc. Algumas exceções: recauchutar, guache.

3) depois de en-: enxurrada, enxoval, enxada, enxerto, enxerido, etc. Exceções: encher, encharcar, enchumaçar e derivados.

4) depois de me-: mexerica, México, mexer. Exceção: mecha.

  Outros casos que não podem ser sistematizados:expectativa, êxtase, lagartixa, xarope, xingar, etc.

O fonema(som) é X, mas se escrevem com CH.

  Eis alguns caso que requerem cuidado: chuchu, fachada, pechincha, tocha, pichar, chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.

Síntese Teórica IV

O fonema J

Escrevem-se  G.

1) na terminação -gem: imagem, vertigem, ferrugem. Exceções: pajem, lajem, lambujem.

2) nas terminações: -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: estágio, privilégio, vestígio, relógio, refúgio, etc.

3) Os verbos terminados em -ger e -gir: eleger, mugir, etc.

  Outros casos que não podem ser sistematizados: algema, auge, gengiva, hegemonia, herege, rabugento, tigela.

Escrevem-se  J.

1) As palavras de origem árabe, africana ou exótica: alforje, jiboia, manjerona, pajé, etc.

2) As palavras derivadas dos verbos terminados em -jar:   trajar – Que eles se trajem bem.

    encorajar – Que eles nos encorajem.

    viajar – Que eles viajem.

Fixe:   viagem (substantivo)  #  viajem (verbo)

  coragem (substantivo) #  encorajar (verbo)

3) As palavras derivadas de vocábulos com –j: loja – lojista; cereja – cerejeira; etc.

  Outros casos que não podem ser sistematizados: cafajeste, jerico, majestade, manjerição, rijeza, ultraje, etc.

Síntese Teórica V

As letras “I” e “E”

Escrevem-se  E.

1) Os ditongos nasais: mãe, põem, etc. Exceção: cãibra.

2) Os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar: caçoe, tumultue, etc.

3) Outros casos: arrepiar, empecilho, cadeado, irrequieto, disenteria, sequer, umedecer, etc.

Escrevem-se  I.

1) Os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, evolui, etc.

2) Outros casos: privilégio, feminino / feminismo / feminista (mas fêmea), penicilina, pontiagudo, etc.


Síntese Teórica I -  Sinonímia

  Diz-se das palavras que têm o mesmo sentido.  Ex.: belo e bonito.

  Há de se enfatizar, entretanto, que não existem sinônimos perfeitos, isto é, não existem dois vocábulos que possam ser usados, com total identidade semântica, em todo e qualquer contexto dado.



Síntese Teórica II - Antonímia

  Diz-se das palavras que têm sentido contrário.  Ex.: humilde X vaidoso / concordar X discordar / progredir X regredir.

Síntese Teórica III - Homonímia

  Diz-se de palavras que, apesar de diversas semanticamente, apresentam a mesma grafia (homônimos homógrafos), a mesma pronúncia (homônimos homófonos), ou ambas simultaneamente (homônimos perfeitos).

sede (vontade de beber) / sede (matriz) / sede (do verbo sedar)

homônimos homógrafos

passo (ato de passar) / paço (palácio)

homônimos homofonos

manga (fruta) / manga (parte da roupa)

homônimos perfeitos

Síntese Teórica IV - Paronímia

  Diz-se das palavras de sentido diferente, mas que se aproximam pela forma gráfica ou mesmo pelo som.

  Eis alguns exemplos de grande incidência em concursos:

absolver (perdoar)   O juiz o absolveu.

absorver (assimilar)  Absorvi seu problema.

cerrar (fechar)  A menina cerrou os olhos.

serrar (cortar)  O pedreiro cerrou o pau.

deferir (autorizar)   O juiz deferiu o processo.

diferir (diferenciar ou adiar)  O juiz diferiu a sentença. / Como diferir estes gêmeos?

descriminar (inocentar)   O  juiz descriminou a ré.

discriminar (tratar de forma desigual ou especificar)   Não discrimine ninguém pela religião ou cor. Os valores estão discriminados na nota fiscal.

destratar (ofender)   O professor o destratou.

distratar (romper o trato)   O cliente distratou.

emenda (correção)   O juiz fez uma emenda.

ementa (resumo)   O relator fez uma ementa.

flagrante (no ato)   Ele foi pego em flagrante.

fragrante (perfumado)   Que flor fragrante!

infligir (aplicar pena)   O juiz infligiu dura pena.

infringir (desobedecer)   O aluno infringiu as regras.

mandato (procuração)   O mandato é de 4 anos.

mandado (ordem judicial)   Expediu-se um mandado.

prescrever (ordenar)   O médico prescreveu um remédio.

proscrever (expulsar)   Proscreveram o infrator.

ratificar (confirmar)   A banca ratificou o gabarito.

retificar (corrigir)   A banca retificou o gabarito.

sortir (variar)  Ele sortiu a despensa.

surtir (acarretar)  Isso surtiu efeito.

tráfico (comércio ilegal)   Tráfico de drogas é patente.

tráfego (trânsito).   O tráfego está um caos.

Síntese Teórica V - Hiperonímia / hiponímia

  Diz-se que um termo é hiperônimo quando seu sentido é menos específico que o de outro, o qual é chamado de hipônimo.

  O termo “cor", por exemplo, é hiperônimo de “azul", “verde", “amarelo", etc.

Veja, em cada série abaixo, o hiperônimo destacado.

a. barata   leão  animal  baleia

b. calça  roupa    meia  terno

c. Brasil  Suíça  Japão  país

d. alegria  sentimento  amor  raiva

e. cadeira  banco  poltrona  assento

Alguns casos básicos de emprego do hífen nas afixações

1. Usa-se hífen, se o segundo elemento começar por –h ou pela mesma letra que finaliza o prefixo. Compare:

anti-horário  anticoncepcional

anti-inflamatório  autoatendimento

super-rápido  minigolfe / superdosagem

micro-ônibus  micronutriente

  etc.     etc.

2. Se o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por –r ou –s, tais consoantes devem ser dobradas: minissérie, contrarreforma, etc.

  Lembremo-nos de que, em Português, para toda regra há pelo menos uma exceção.  Os prefixos co- e re-, por exemplo, juntam-se ao segundo elemento independentemente de sua letra inicial: coordenar, coabitar, reencarnar, reidratar, etc.

 Cuidado!

dia a dia / dia-a-dia

  Antes do Acordo, havia uma distinção consensual entre dia a dia, locução adverbial equivalente a diariamente, e dia-a-dia, locução substantiva equivalente a cotidiano. Essa distinção desapareceu.

à toa / à-toa

  Antes do Acordo, havia uma distinção consensual entre à toa, locução adverbial equivalente a sem razão, a esmo, e à-toa, locução adjetiva equivalente a desnecessário(a), desocupado(a). Essa distinção desapareceu.
 
1) Radical(RD): Corresponde ao elemento portador de significado de uma palavra. É o elemento irredutível e comum às palavras de mesma família.

Observe:

ferro    ferreiro    ferradura

O elemento ferr- representa o RADICAL.

Nos verbos, o radical é obtido retirando-se as terminações -ar, -er, -ir do infinitivo. O RD de cantar, por exemplo é cant; o de vender, vend; o de partir, part.

  Nos nomes, o RD é obtido retirando-se as terminações A, E e O átonas.

cas a  leit e  bols o

Evitamos o termo raiz, porque sua identificação depende de conhecimentos da etimologia de cada palavra.

2) Vogal temática (VT): Acrescenta-se, normalmente, ao radical para constituir uma base.

  Nos verbos, a vogal temática define a que conjugação pertence o verbo. Existem 3 conjugações verbais:

  1ª conjugação: VT a. Ex.: cantar, pular, sonhar.

  2ª conjugação: VT e. Ex.: vender, comer, chover.

  3ª conjugação: VT i.  Ex.: partir, dividir, sorrir.

  O verbo pôr, assim como seus derivados (compor, repor, depor, etc.), pertence à 2ª conjugação, porque a sua forma antiga era poer.

  Nos nomes, as vogais temáticas são a,  e  e  o átonas. Veja.  lata  pente  livro

  Dá-se o nome de Tema ao segmento que corresponde ao RD + VT.  São, portanto, atemáticas as palavras que não possuem vogal temática, como as que terminam em vogal tônica ou em consoante. Eis três exemplos:

  mar  céu  flor.

Síntese Teórica II  – Demais morfemas

1) Afixos:

a) Prefixos: São antepostos ao radical. Veja: inquieto, desleal, super-homem, etc.

b) Sufixos: São pospostos ao radical. Veja: crueldade, firmemente, trabalhador,etc.

2) Desinências: Sempre pospostas ao radical, são responsáveis por indicar:

a) gênero: Indica o gênero da palavra. A palavra terá desinência nominal de gênero, quando houver a
oposição masculino - feminino.

garoto   garota

   (masculino)  (feminino)

b) número: Indica o plural da palavra. É a letra s queindica o plural da palavra. Exemplo: livros, retratos.

3) Vogais e consoantes de ligação: São vogais e consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras.  Veja só:

Gás + metro = gasômetro

Bambu + al = bambuzal  

As palavras são divididas em dois grandes processos de formação. O primeiro deles é o que envolve a composição.  Palavra composta é aquela que apresenta, no mínimo, dois radicais.  Como esses radicais se juntam é o que orienta a classificação de palavras compostas justapostas e aglutinadas. Veja só.

1) Composição por justaposição. Na união, os radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura.  Eis alguns exemplos:

pontapé (ponta + pé)  lava-roupa (lava + roupa)

2) Composição por aglutinação. Na junção, pelo menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Eis alguns exemplos:

embora (em boa hora)   planalto (plano alto)

Síntese Teórica – Palavras Derivadas

  Palavras derivadas são aquelas que apresentam prefixo e/ou sufixo.  Vejamos como podem ser classificadas.

1) Derivação prefixal: acréscimo de um prefixo à palavra.  Exemplos: desfazer, infiel, contraindicado.

2) Derivação sufixal: acréscimo de um sufixo à palavra. Exemplos: lealdade, felizmente, trabalhador.

3) Derivação prefixal e sufixal: em momentos distintos, prefixo e sufixo se agregaram à palavra.  É importante perceber que, ao retirarmos um deles, a palavra continua existindo.  Veja só:

 infelizmente

Existem “infeliz” e “felizmente”.

4) Derivação parassintética: ao mesmo tempo, prefixo e sufixo se agregaram à palavra. É importante perceber que, ao retirarmos o prefixo ou o sufixo, a palavra deixa de existir. Veja só:

envelhecer

Não existe “velhecer”.

Síntese Teórica – Outros processos

1) Derivação regressiva: em geral, são substantivos abstratos derivados de verbos na forma infinitiva. Veja só: trabalho vem de trabalhar; ajuda, de ajudar; compra, de comprar; embarque, de embarcar.

  Obs.: Consideram-se derivação regressiva alguns casos, todos reflexos da linguagem coloquial, de supressões de sufixos reais ou aparentes de algumas palavras. Veja só: estranja (estrangeiro), japa (japonês), china (chinês), rebu (rebuliço), asco (asqueroso), etc.

2) Derivação imprópria: É o processo pelo qual as palavras mudam de classe, sem alterar a forma.  Veja só:  O talvez não existe para os bons.

  Observe que, na frase acima, o advérbio “talvez” e o adjetivo “bons” foram substantivados.

3) Onomatopeia: É a palavra que reproduz aproximadamente certos sons ou ruídos: reco-reco, fonfom, cacarejar, traque.

4) Abreviação vocabular: É a redução da palavra até o limite permitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneumático), foto (fotografia), cinema (cinematográfico), quilo (quilograma), etc.

5) Hibridismo: É formação de palavras com elementos de línguas diferentes: sociologia (latim e grego), automóvel (grego e latim), televisão (grego e latim), sambódromo (africano e grego), burocracia (francês e grego).

Artigos definidos e indefinidos

Síntese Teórica I

Artigos definidos: o, os, a, as.

Artigos indefinidos: um, uns, uma, umas.

  Onde houver artigo, haverá um substantivo.  O artigo vive em função do substantivo, e ambos vão estar sempre no mesmo gênero (masculino / feminino) e no mesmo número (singular / plural).

Nós nos unimos nos nós.

  Nesse frase publicitária, há, respectivamente: pronome pessoal, pronome pessoal, verbo, contração de “em” mais “os”, pronome pessoal.

Síntese Teórica II

Semântica  dos artigos

 

  Em geral, o artigo definido individualiza, determina o substantivo de modo particular e preciso. Já o artigo indefinido determina o substantivo de modo impreciso, indicando, em geral, que se trata de simples representante de uma dada espécie.

Conceituação

  É a palavra que denota, em geral, quantidade definida.  Assim como os pronomes, o numeral também pode ter função adjetiva (quando acompanha um substantivo) ou substantiva (quando substitui um substantivo).  Veja só:

Duas , mulheres ganharam o quíntuplo do prometido.

    (numeral adjetivo)  (numeral substantivo)

    Há cinco tipos de numerais: cardinais, coletivos, ordinais, multiplicativos e fracionários.
    Cardinais: são os numerais que designam quantidade certa. São os mais usados no cotidiano.  Ei-los: zero, um, dois, três, quatro, cinco, etc.
    Coletivos: são os que designam um número exato de seres. Ei-los: dezena, centena, milênio, século, etc.
    Ordinais: são os que designam ordem numa série.  Ei-los: primeiro, segundo, terceiro, quarto, etc.
    Fracionários: são os numerais que indicam frações dos seres.  Ei-los: meio (ou metade), terço, quarto, quinto, etc.  
    Multiplicativos: são os que exprimem a multiplicidade dos seres.  Ei-los: dobro, triplo, quádruplo, etc. Tenho de comer o dobro do que comi. Obs.: Com exceção de dobro, duplo e triplo, os numerais multiplicativos são pouco usados no cotidiano.  Há uma preferência para o emprego do cardinal seguido do substantivo vezes.
    
Obs.1: Linguagem jurídica - Usa-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante: artigo 4º (quarto) / parágrafo 13 (treze).    
    
Substantivos

Síntese Teórica I – Classificação básica

  Os substantivos dividem-se em concretos (realidade exterior, existência independente) e em abstratos (realidade interior, em geral designam sentimentos, qualidades, ações ou estados).

  Os concretos se subdividem em próprios, comuns e coletivos. Estes não dependem de outro ser para existir.

  Os abstratos, designam, em geral, ações (o grito), sentimentos (amor), qualidade (beleza) ou estado (felicidade). Estes dependem de outro ser para existir.

Síntese Teórica II - Flexão de gênero

1) Substantivos Uniformes - Substantivos que apresentam uma só forma para o masculino e  para o feminino. Podem ser:

a) Sobrecomuns: não há variação de artigo.  Só o contexto pode informar se o referente é masculino ou feminino.  Veja só:

  Chegou a criatura que, em seguida, faria um discurso à multidão presente.

  Observe que, sem um contexto maior, não há como saber se “a criatura” é homem ou mulher.

  Também são sobrecomuns: ídolo, indivíduo, testemunha, criança, vítima, cônjuge etc.

b) Epicenos:  são nomes (uniformes) de animais.  É comum a designação do “sexo” pelo acréscimo das palavras “macho” e “fêmea”.

Eis alguns exemplos: condor, caracol, gavião, jacaré, tatu, borboleta, cobra, formiga, mosca, onça, tartaruga, pulga, etc.
 

c) Comuns de dois gêneros: há variação de artigo.  Veja só:

  o agente – homem / a agente – mulher

  Estão nesse caso: patriota, atendente, chefe, motorista, especialista, gerente, imigrante, intérprete, mártir, taxista, selvagem, seminarista, xereta, xerife, etc.

  O Brasil tem, hoje, a primeira presidente do país.  Desde que se elegeu, têm sido muitas as discussões em torno do que seria (mais) correto: Presidente Dilma ou Presidenta Dilma.  As duas formas estão corretas.  Veja como Houaiss define o verbete “presidenta” em seu dicionário: “mulher que se elege para a presidência de um país”.  Aurélio afirma o seguinte: “presidenta – mulher que preside”.  

2) Substantivos Biformes – Substantivos que apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino.  É o caso, por exemplo, de homem/mulher, gato/gata; senhor/senhora, etc.

Obs.: Os  nomes que designam patentes militares são invariáveis: o/a coronel, o/a general, o/a soldado, o/a capitão, o/a sargento, o/a tenente, o/a major, o/a cabo, o/a almirante.

Síntese Teórica III - Flexão de Número

Substantivos Simples   -  Casos principais

1) Paroxítonos ou proparoxítonos terminados em -s e -x são invariáveis.  Ex.: os lápis, os pires, os atlas, os ourives, os ônibus, os clímax, etc

2) Recebem -s os nomes terminados em vogal ou ditongo oral, ditongo nasal átono, vogal nasal (ã) e em -m. Ex.: as asas, os troféus, as bênçãos, os ímãs, os dons, etc.

3) Recebem -es os que terminam em -r ou em -s, -z.  Ex.: os cadáveres, os dólares, os gases, os açúcares, etc.

 4) Os nomes terminados em -il tônico trocam por  -s.  Ex.: o funil  –  os funis.

5) Os nomes terminados em -il átono trocam por -eis.  Ex.: o fóssil –  os fósseis.

Observe a dupla prosódia:

réptil – répteis.

reptil – reptis.

projétil – projéteis.

projetil – projetis.

6) Substantivos terminados em -ão(oxítonos): alguns casos que merecem atenção.

1º) Fazem em -ães: capelão, capitão, escrivão, tabelião, etc.

2º) Fazem em -ãos todos os paroxítonos e mais: cidadão, cristão, demão, grão, etc.

3º) Fazem em -ões: folião, galpão, peão, etc.

4º) Fazem em -ães e -ãos: refrão, sacristão, etc.

5º) Fazem em -ães e -ões: charlatão, guardião, cirurgião, etc.

6º) Fazem em -ãos e -ões: anão, corrimão, verão, etc.

7º) Fazem em -ões, -ães e -ãos: ancião, aldeão, vilão, etc.

 

7) Plural dos diminutivos com o sufixo  –zinho.

  O comum é pluralizar a palavra de origem, cortando-lhe, em seguida, o –s.  Depois é só acrescentar o sufixo “-zinho” já pluralizado.

  Veja só.  Digamos que tenhamos de colocar a palavra “barzinho” no plural.  Procedimentos:

  bar  –  bares  – bare  –  barezinhos

8) Substantivos só usados no plural: afazeres, anais, férias (período de descanso), fezes, núpcias, pêsames, parabéns, etc.

Outros exemplos: pais - pai e mãe / tios - tia e tio / irmãos - irmão e irmã / padrinhos - padrinho e madrinha / filhos - filho e filha

9) Plurais metafônicos: na formação do plural de alguns substantivos, ocorre metafonia, isto é, mudança de timbre da vogal tônica.  Veja alguns casos: caroço, corpo, esforço, fogo, forno, imposto, jogo, miolo, olho, osso, poço, porco, porto, posto, povo, tijolo, etc.

  Não apresentam metafonia: acordo, almoço, alvoroço, arroto, bolo, bolso, cachorro, contorno, esposo, esboço, globo, gosto, morro, pescoço, repolho, rolo, soro, sopro, toldo, topo, transtorno, etc.
 
10) Os substantivos estrangeiros fazem plural normalmente: filme - filmes, blitz - blitzes, referendo - referendos.

11) Nomes de letras fazem plural normalmente: o D - os dês / o B - os bês / o C - os cês / o L - os eles

12) Qualquer palavra substantivada vai para o plural: o sim - os sins / o não - os nãos / o porém - os poréns. Incluem-se também os numerais: o cinco - os cincos / o quatro - os quatros. Os terminados em S e Z não variam: os três, os dois, os dez, os mil.

Síntese Teórica IV -  Flexão de Número

Substantivos Compostos  -  Casos principais

1) substantivo + substantivo: ainda há autores que defendem a pluralização apenas do primeiro elemento, quando o segundo expressa finalidade ou semelhança.  O fato, porém, é que a tendência cada vez mais forte é de ambos os substantivos pluralizarem. Veja os casos abaixo, todos extraídos dos nossos principais dicionários.

cirurgião-dentista

cirurgiões-dentistas ou cirurgiães-dentistas

salário-família

salários-família ou salários-famílias

navio-escola

navios-escola ou navios-escolas

pombo-correio

pombos-correio ou pombos-correios

 

2) substantivo + adjetivo, adjetivo + substantivo ou numeral + substantivo: ambos os elementos variam.

  guarda-civil  guardas-civis

  amor-perfeito  amores-perfeitos

  alto-relevo  altos-relevos
 
  quarta-feira  quartas-feiras

 

3) substantivo (+ preposição clara ou oculta) + substantivo: nesse caso, só o primeiro elemento varia.

  cavalo-vapor    cavalos-vapor

  pé-de-cabra    pés de cabra

4) compostos em que não há hífen: só o último elemento varia.

  pontapé    pontapés

  girassol  girassóis

5) compostos de grão, grã, bel + substantivo: só o segunto elemento varia.

  grã-cruz  grã-cruzes

  bel-prazer  bel-prazeres

6) compostos de verbo, advérbio ou prefixo  + substantivo ou adjetivo: só o segundo elemento varia.

  abaixo-assinado  abaixo-assinados

  recém-nascido  recém-nascidos

  guarda-roupa  guarda-roupas

7) compostos de três ou mais elementos, não sendo o segundo uma preposição: só o segundo elemento varia.

  bem-me-quer  bem-me-queres

  bem-te-vi  bem-te-vis

8) compostos de palavras onomatopaicas e/ou reduplicadas: só o segundo elemento varia.

  reco-reco  reco-recos

  tique-taque  tique-taques

São invariáveis:

a) compostos de verbos diferentes (sentidos opostos): perde-ganha, vai-volta, leva-e-traz, etc

b) compostos de verbo + palavra invariável: pisa-mansinho, cola-tudo, ganha-pouco, bota-fora, bota-abaixo, papa-tudo, etc.

c) compostos de verbo ou palavra invariável + palavra já no plural: quebra-nozes, troca-tintas, não-me-toques, etc.

d) frases substantivas: disse-me-disse, bumba-meu-boi, não-sei-que-diga, etc.

e) composto arco-íris.

Síntese Teórica V -  Variação de Grau

   Os substantivos podem se flexionar no grau aumentativo ou no grau diminutivo.  Eis alguns casos curiosos.

Aumentativos

barca- barcaça

beiço- beiçorra, beiçola   boca- bocarra

cabeça- cabeçorra  cão- canzarrão

casa- casarão  muro- muralha

fatia- fatacaz  fogo- fogaréu

homem- homenzarrão    festa- festança, festão

nariz- narigão

povo- povão  voz- vozeirão

 Diminutivos

cão- canito, cãozito  senhora- senhorita

corpo- corpúsculo  gota- gotícula

nó- nódulo  globo- glóbulo

núcleo- nucléolo  ovo- óvulo

porção- porciúncula  lugar- lugarejo

raiz- radícula  rede- retícula

rio- riacho  rua- ruela, rueta

saca- sacola  aldeia- aldeola, aldeota

sino- sineta  via-viela

Obs.1: Às vezes os aumentativos e diminutivos têm sentido afetivo ou pejorativo.
Obs.2: Há palavras que perderam a noção de aumento ou diminuição: cartão, fogão, portão, caldeirão, cartilha, folhinha (calendário), caixinha (gorjeta), coxinha, pastilha, santinho, patricinha, cursinho, orelhão, palavrão.
Obs.3: Há aumentativos e diminutivos formados por prefixação: supermercado, hipermercado, megaevento, minidicionário, microempresário.

Síntese Teórica I – Classificação básica

O adjetivo é a palavra que caracteriza os seres.  A criança é linda.  Ela estava eufórica.

Os adjetivos podem ser classificados em:

1) Primitivos: não derivam de outras palavras.

Exemplos: vestido claro, casaco grande, etc.

2) Derivados: derivam de outras palavras.

Exemplos: homem infeliz, papel azulado, etc.

3) Simples: apresentam um único radical em sua estrutura.

Exemplos: homem apavorado, criança feliz, etc.

4) Compostos: apresentam pelo menos dois radicais em sua estrutura.

Exemplos: menino ítalo-brasileiro, crise socioeconômica, etc.

5) Restritivos: particularizam a característica do ser, ou seja, exprimem qualidade que não é própria do ser.  Exemplos: homem inteligente, flor amarela, etc.

6) Explicativos: compreendem características inerentes aos elementos em questão.

Exemplos: gelo frio, homem mortal, etc.

7) Adjetivos pátrios: referem-se a países, estados, regiões, cidades ou localidades.

Exemplos: rapaz brasileiro, criança goiana, etc.

Observe o significado de cada adjetivo a seguir sublinhado.

a. Homem rico: milionário.   f. Rico homem: querido.

b. Pobre mulher: digna de dó.   h. Mulher pobre: sem recursos financeiros.

  Locução adjetiva: é a expressão formada de 'preposição + substantivo' ou também de 'preposição + advérbio', sempre com valor de adjetivo.  Exemplos:

aves da noite (noturnas),  paixão sem freio (desenfreada).

Síntese Teórica II – Gênero dos adjetivos

Os adjetivos podem ser:

1. Uniformes: têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino.

Exemplo: homem feliz / mulher feliz.

2. Biformes: têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino.

Exemplo: homem mau / mulher má

  Se o adjetivo é composto e biforme, flexiona-se no feminino só o último elemento.

Exemplo: atendimento médico-cirúrgico / clínica médico-cirúrgica.

  Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino.

Exemplo: contexto sociocultural / variação sociocultural.

Síntese Teórica II – Número dos adjetivos

1) Plural dos adjetivos simples: flexiona-se em número para concordar com o termo ao qual se refere. Veja: torta saborosa – tortas saborosas.

  Se o adjetivo estiver representado por um substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela não sofrerá flexão e passará a ser denominada de substantivo adjetivado.  Compare:

  camisa preta – camisas pretas

  camisa cinza – camisas cinza

  blusa prata – blusas prata.

2) Plural dos adjetivos compostos: apenas o último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular.  Veja:  

  camisa amarelo-clara

  camisas amarelo-claras
 
  pesquisa afro-brasileira
 
  pesquisas afro-brasileiras

  Se o último elemento que forma o adjetivo composto for um substantivo adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Veja:

  camisa cinza-chumbo

  camisas cinza-chumbo

Atenção!

  Azul-marinho, azul-celeste e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de- são sempre invariáveis.

  O composto surdo-mudo tem os dois elementos flexionados: menino surdo-mudo – meninos surdos-mudos / menina surda-muda - meninas surdas-mudas.
Obs.: Atualmente, não se diz surdo, mas sim deficiente auditivo.

Síntese Teórica II – Graus dos adjetivos

1) Grau comparativo: usado para comparar a mesma característica atribuída a dois ou mais seres ou duas ou mais características a um único ser.

a) Igualdade

Ela é tão exigente quanto (ou como) sua mãe.

b) Superioridade

Ela é mais exigente que (ou do que) sua mãe.

c) Inferioridade

Ela é menos exigente que (ou do que) sua mãe.

Atenção!

  Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno apresentam formas sintéticas para o grau comparativo de superioridade: melhor, pior, maior, menor. Veja só:

  Ela é melhor do que eu.  (mais boa)

  Ela é pior do que eu.  (mais má)

  Ela é maior do que eu.  (mais grande)

  Ela é menor do que eu.  (mais pequena)

  Em se tratando de qualidades do mesmo ser, as formas analíticas devem ser usadas.  Veja:

Ela é mais grande do que propriamente gorda.

2) Grau superlativo: consiste na intensificação do sentido do adjetivo.  Há dois tipos. Vamos a eles.

a) Relativo: destaca um ser diante de outros da mesma espécie.  Pode ser de:

Superioridade: Ela é a mais dedicada da turma.

Inferioridade: Ela é a menos dedicada da turma.

  Observe dois fatos: a presença do artigo e a ausência do conector comparativo (que / do que).

b) Absoluto: destaca um ser sem compará-lo com os outros da mesma espécie. Pode ser:

Analítico: Você é muito sério.

Sintético: Você é seriíssimo.

Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno possuem formas especiais para o superlativo:
absoluto sintético - ótimo / péssimo / máximo / mínimo
relativo de superioridade - o melhor / o pior / o maior / o menor

  Observe outras formas de intensificar um adjetivo:

  Ela é bela, bela. (repetição do adjetivo)

  Ele é branco como vela. (por comparação)

  Blusa branquinha. (uso do diminutivo)
 
  A prova foi superfácil. (prefixo)
 
Alguns adjetivos não aceitam flexão de grau, pois sua intensidade não pode variar. Ora, há de concordar comigo que não faz sentido dizer algo como: “A clínica dos médicos estrangeiros é mais cardiológica do que a dos brasileiros”, ou “Hoje fiz uma prova muito mensal”.  
 

  É palavra invariável que, de certa forma, interfere no sentido de um verbo, de um adjetivo, de um advérbio ou mesmo de uma declaração inteira.  A interferência ocorre por expressar alguma circunstância (tempo, modo, lugar, etc.). Locução adverbial é o conjunto de duas ou mais palavras com valor de advérbio.  Observe.

Ela fala bem.

Aqui, o advérbio bem  interfere no sentido do verbo “fala“.

Ela é muito extrovertida.

Aqui, o advérbio muito interfere no sentido do adjetivo “extrovertida”.

Ela fala muito bem.

Aqui, há dois advérbios: o advérbio bem interfere no sentido do verbo “fala”,

e o advérbio muito interfere no sentido do advérbio “bem”.

Ela fala muito e bem.

Aqui, observe que os advérbios muito e bem interferem no sentido do verbo “fala”.

Realmente, choveu muito hoje.

  Aqui, observe que há três advérbios: muito e hoje interferem no sentido do verbo “choveu”; já o advérbio realmente não se refere especificamente a “choveu”, nem a “muito”, nem a “hoje”.  O advérbio realmente se refere à oração inteira “choveu muito hoje”.

De manhã ela fez ginástica.

Aqui, a circunstância adverbial é expressa por um conjunto de duas palavras.  Quando isso ocorre, temos uma locução adverbial.

II) Circunstâncias adverbiais

  Os valores semânticos dos advérbios e locuções adverbiais são muitos, todos subordinados a contextos.  Veja os principais casos.

  1) lugar: aqui, ali, lá, cá, acolá, aí, perto, longe, de fora, de dentro, acima, abaixo, por dentro, por fora, à direita, à esquerda etc.

  2) tempo: hoje, amanhã, cedo, tarde, logo, depois, ainda, antigamente, já, enfim, de noite, à tarde, em breve, de manhã, de madrugada, de repente, a qualquer momento, hoje em dia etc.

  3) modo: bem, mal, assim, melhor, pior, depressa, devagar, em vão, em geral, em silêncio, de cor, às pressas, às claras, à vontade, à toa, sem medo, ao vivo etc.

  4) afirmação: sim, de fato, com certeza, realmente, sem dúvida, na verdade, certamente, efetivamente, com efeito etc.

  5) negação: não, tampouco, absolutamente, de modo algum, de jeito nenhum, em hipótese alguma etc.

  6) intensidade: muito, pouco, mais, menos, assaz, quase, demais, bastante, tão, tanto, em excesso, à beça etc.

  7) dúvida: talvez, quiçá, possivelmente, provavelmente, porventura, eventualmente, quem sabe, por certo etc.
 
  8) interrogativo: onde (lugar), como (modo), quando (tempo), por que (causa), quanto (preço e intensidade), para que (finalidade).
 
A maioria esmagadora dos advérbios terminados em mente é de modo.  
 
PREPOSIÇÃO

  É palavra invariável que relaciona dois termos, de tal modo que o sentido do segundo(consequente) se subordina ao do primeiro (antecedente).  As preposições se dividem  em essenciais, acidentais e locuções prepositivas.

Preposições essenciais são as que atuam sempre como preposição. São elas: a, ante, após, até, com contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), sem, sob, sobre e trás.

Preposições acidentais são palavras de outras classes gramaticais que podem também atuar como preposições.  Alguns exemplos: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mediante, não obstante, salvo, segundo, senão, tirante, visto, que.

Locuções prepositivas são duas ou mais palavras com valor de preposição. Veja alguns casos: ao lado de, em torno de, apesar de, através de, de acordo com, por causa de, quanto a, em relação a, graças a, etc.

  Obs.: Não confunda locução prepositiva com locução adverbial.  A locução prepositiva sempre termina em preposição; a locução adverbial nunca termina em preposição.  Veja:

  Estou longe de você.   Vi você de longe.

    (loc. prepositiva)    (loc. adverbial)

II) Particularidades quanto ao emprego das preposições

  1) Combinações e contrações

  As preposições podem se juntar com outras palavras, formando combinações (quando não há perda de fonemas) e contrações (quando há  perda de fonemas).  Veja alguns exemplos:

 

a + o: ao.   preposição mais artigo (ou pronome demonstrativo).

a + aquela: àquela.  preposição mais pronome demonstrativo.

de + a: da.   preposição mais artigo (ou pronome demonstrativo).

de + esse: desse. preposição mais pronome demonstrativo.

de + aí: daí.   preposição mais advérbio.

em + um: num.   preposição mais artigo indefinido (ou pronome indefinido)

em + ele: nele. preposição mais pronome pessoal.

por + a: pela  preposição mais artigo definido (ou pronome demonstrativo).  

CONJUNÇÃO

Classificação das conjunções (e locuções) coordenativas

Aditivas: estabelecem sentido aditivo (acréscimo) entre termos ou orações.  As principais são e, nem(com valor de e não), mas também (depois de não só) e mais (na matemática ou em linguagem regional).  Veja só:

Eu estudo e trabalho.  Não estudo nem trabalho.

 Não só estudo, mas também trabalho.



Adversativas: estabelecem  sentido de oposição, adversidade.  As principais são mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante e senão (= mas sim).


Estudou muito, mas não passou no concurso.


Alternativas:  estabelecem sentido de alternância.  As principais são: ou (repetida ou não), ora, já, quer, seja (repetidas), etc.

Quero café ou leite.

Ora assisto a filmes, ora assisto a novelas.


Conclusivas: estabelecem a conclusão de um raciocínio.  As principais são logo, portanto, assim, pois (depois do verbo), então, por isso, por conseguinte etc.

O carro enguiçou, portanto não pudemos chegar na hora combinada.
 

Explicativas: estabelecem ideia de explicação para a afirmativa feita na oração com que se relacionam.  As principais conjunções são pois (sempre no início da oração), que, porquanto e porque .

Corra, que vai chover.

Ligue-me depois, porque estou ocupado agora.
 

Classificação das conjunções (e locuções) subordinativas

As conjunções (e locuções) subordinativas introduzem as chamadas orações subordinadas, ou seja, aquelas que exercem função sintática em relação a uma outra oração chamada principal.

Integrantes: são as conjunções que e se quando introduzem orações subordinadas de caráter substantivo, ou seja, orações que exercem função de sujeito, de predicativo, de objeto direto, de objeto indireto, de complemento nominal e de aposto. É comum o reconhecimento de uma oração substantiva por meio de sua substituição pelos pronomes ISSO, ESSE e ESSA.  Veja.

Isso é importante.  [Que eu trabalhe] é importante.

(sujeito)


Causais:  que (= porque), porque, porquanto, como, pois, porquanto, já que, visto que, uma vez que (com o verbo no indicativo), na medida em que, etc.

O governador não participou da reunião porque viajou.


Concessivas: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, por mais que, se bem que, apesar de que, nem que, posto que, sem que, etc.

Embora chova, sairei.

Mesmo que você grite, não lhe darei atenção.


Conformativas: conforme, como, segundo, consoante,  etc.


Como o serviço de meteorologia previu, choveu hoje.


Condicionais: se, caso, sem que, uma vez que (com o verbo no subjuntivo), desde que (com o verbo no subjuntivo), dado que (com o verbo no subjuntivo), contanto que,  salvo se, a menos que, a não ser que, exceto se, etc.

Se você me ouvir, entenderá.


Consecutivas: que (em correlação com tal, tanto, tão, tamanho), de modo que, de forma que, de sorte que, de maneira que, etc.

A sacola é tão frágil, que rasgou.


Finais: para que, a fim de que, que (= para que), porque (= para que), sempre com verbo no subjuntivo.

Ela só gritou para que eu me desconcentrasse.


Proporcionais: à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais...(mais), quanto mais...(tanto mais), quanto mais...(menos ou tanto menos), etc.

À medida que chovia, os rios iam subindo.


Temporais: quando, enquanto, logo que, assim que, antes que, depois que, sempre que, até que, desde que, mal, etc.

Quando você chegou, eu saí.


RELAÇÕES DE CAUSA E CONSEQUÊNCIA

Reflexão importante.

Quando se empregam conjunções na criação de relações de causa  e consequência, a ideia de causa e consequência pode estar na oração principal e na oração subordinada ou vice-versa.

INTERJEIÇÃO

   É a expressão que denota um estado de alma, um estado emotivo, passageiro normalmente.  Veja alguns exemplos.

  a) alegria: ah!, oh!, oba!, viva!, etc.

  b) animação: avante!, coragem!, eia!, vamos!, força!, etc.

  c) aplauso: bis!, bravo!, viva!, parabéns!, etc.

  d) desejo: oxalá!, tomara!, quem me dera!

  e) dor: ai!, ui!
 
  f) espanto, surpresa: oh!, ah!, opa!, puxa!, hein?, meu Deus!, uai!, vixe!, etc.
 
  g) silêncio: psiu!, silêncio!
 
  h) advertência: cuidado!, atenção!, calma!, devagar!, fogo!
 
  i) chamamento, saudação: olá!, alô!, oi!, tchau!, salve!, inté!, psiu!, socorro!
 
  j) medo: credo!, cruzes!, Jesus!
 
  k) agradecimento: valeu!, obrigado!
 
  l) afugentamento: xô!, fora!, rua!, passa!, sai!
 
  m) alívio: ufa!
 
Locução verbal é qualquer sequência de verbal equivalendo a um só.  Exemplos: vou sair, estou comendo, estou a estudar, etc.  Entre as locuções verbais inclui-se o  tempo composto.  Dá-se o nome de tempo composto à locução verbal assim formada pelo verbo ter ou haver + particípio.

Eis os tempos compostos em Português:

a) Pretérito perfeito do indicativo:  Eu tenho estudado.    Tu tens estudado.    Etc.

b) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: Eu tinha estudado.    Tu tinhas estudado.   Etc.

c) Futuro do presente do indicativo:    Eu terei estudado.  Tu terás estudado.   Etc.

d) Futuro do pretérito do indicativo:  Eu teria estudado.  Tu terias estudado.   Etc.

e) Pretérito perfeito do subjuntivo:  Que eu tenha estudado.    Que tu tenhas estudado.   Etc.

f) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo:  Se eu tivesse estudado.    Se tu tivesses estudado.   Etc.

g) Futuro do subjuntivo:  Quando eu tiver estudado.   Quando tu tiveres estudado.   Etc.

h) Infinitivo:    Para eu ter estudado.    Para tu teres estudado.   Etc.

i) Gerúndio:    Tendo estudado.

Eis algumas informações importantes:

1ª) repare que não existem presente e imperfeito compostos;

2ª) repare também que, na formação do perfeito composto – tanto do indicativo quanto do subjuntivo –, o auxiliar fica no presente;

3ª) repare, por último, que, na formação do mais-que-perfeito composto – tanto do indicativo quanto do subjuntivo –, o auxiliar fica no imperfeito;

4ª) não existe tempo composto no modo imperativo nem no particípio.

Verbo é a palavra que, exprimindo ação, fenômeno da natureza ou apresentando estado ou mudança de um estado a outro, pode fazer indicação de pessoa (primeira, segunda e terceira), número (singular e plural), tempo (presente, pretérito e futuro), modo (indicativo, subjuntivo, imperativo) e voz (ativa, passiva, reflexiva e recíproca).

Exemplos:

Um homem já escorregou neste chão.    (ação)

As matas continuam indefesas.    (estado)

Anoitecia rapidamente!  (fenômeno natural)

Ela continua eufórica.  (estado)

Ela se tornou médica.  (mudança de estado)

                           

1. Radical (RD): á a parte portadora de significado. É obtido retirando-se as terminações -ar, -er, -ir do infinitivo.

cant – radical de cantar.

vend – radical de vender.

part – tadical de partir

2. Vogal temática (VT): é a vogal que liga o radical à terminação. A vogal temática define a que conjugação pertence o verbo.  Veja só:

cantar –   VT da primeira conjugação.

vender –   VT da segunda conjugação.

partir –   VT da terceira conjugação.

  Só não há VT na primeira pessoa do singular do presente do indicativo e em todo o presente do subjuntivo. Nestes tempos, a desinência se junta diretamente ao radical.

 

  O verbo “pôr” é da segunda conjugação; outrora, ela era escrito “poer”.

  Dá-se o nome de Tema ao segmento RD + VT. Veja só:

cantar  RD cant;  VT a;  TEMA canta.

3. Desinência modo-temporal (DMT): é a desinência que indica o modo e o tempo do verbo. Exemplos:

va / ve - pretérito imperfeito do indicativo (1ª conjugação)
ia / ie - pretérito imperfeito do indicativo (2ª e 3ª conjugação)
ra / re (átono) - pretérito mais-que-perfeito do indicativo
ra / re (tônico) - futuro do presente do indicativo
ria / rie - futuro do pretérito do indicativo
e - presente do subjuntivo (1ª conjugação)
a - presente do subjuntivo (2ª e 3ª conjugação)
sse - imperfeito do subjuntivo
r - futuro do subjuntivo
ndo - gerúndio
ado - particípio (1ª conjugação)
ido - particípio (2ª e 3ª conjugação)

Nota: A DMT só existe nos tempos derivados. Como o presente do indicativo e o pretérito perfeito são tempos primitivos, eles têm apenas a DNP.
                                            

4. Desinência número-pessoal (DNP): é a desinência que indica o número e a pessoa do verbo.

1ª pessoa do singular - o / i
2ª pessoa do singular - s / ste / es
3ª pessoa do singular - u
1ª pessoa do plural - mos
2ª pessoa do plural - is / stes / des
3ª pessoa do plural - m / ram / em / o

  Voz é o nome dado à relação do sujeito com o verbo:

a) voz ativa: sujeito agente da ação verbal.

  João comprou um bolo.

b) voz passiva: sujeito paciente da ação verbal.

  Um bolo foi comprado por João.
 
Voz passiva é uma forma verbal, passividade é ideia. Em 'A noiva recebeu o presente' a voz é ativa, embora o sujeito tenha sofrido a ação.  

c) voz reflexiva: sujeito simultaneamente agente e paciente da ação verbal. Pode dar ideia de reciprocidade.

  João se viu no espelho.
  João e Paulo se abraçaram.
 
Obs: Os verbos chamar-se, batizar-se, vacinar-se e operar-se (no sentido cirúrgico) são considerados passivos.  

Síntese 2: voz passiva sintética.

  Voz Passiva Sintética é a construção em que o pronome apassivador SE deixa o sujeito como paciente de uma ação verbal.  A construção na voz passiva sintética corresponde sempre a uma oração na voz passiva analítica.

                                   Passiva Analítica                           Passiva Sintética

                                                       

Não se esqueça de que, para haver voz passiva, o verbo tem de ser VTD ou VTI. Com VTI, VI e VL, o sujeito é indeterminado, obrigando o verbo a permanecer na 3ª pessoa do singular.  Veja:



Síntese 3: voz passiva sintética.

  Já estudamos a Voz Passiva Sintética, ou seja, a formada com o pronome apassivador SE.  Lembramos, mais uma vez, que, para haver voz passiva, o verbo tem de ter natureza TD ou TDI.

  Quando se passa uma oração da voz ativa para a voz passiva analítica, o tempo do verbo tem de ser respeitado.                    
 
objeto direto - torna-se sujeito
sujeito - torna-se agente da passiva
verbo - torna-se uma locução verbal (verbo auxiliar + particípio)

ativa com 1 - passiva com 2
ativa com 2 - passiva com 3

A transformação da ativa para a passiva sintética é mais simples:

objeto direto - torna-se sujeito
sujeito - torna-se o pronome apassivador se
verbo - se mantém
não há agente da passiva

A regra para a conjugação dos verbos no modo imperativo é esta:

As formas “tu” e “vós” do imperativo afirmativo são formadas a partir do presente do indicativo sem a letra S. As demais formas do imperativo afirmativo e todas as formas do imperativo negativo são formadas a partir do presente do subjuntivo.

AUXILIARES ACURATIVOS e MODAIS

  Vários verbos participam, como auxiliares, de locuções verbais, a fim de assinalar o início, o desenvolvimento ou o fim de um processo. Tais auxiliares conferem noções aspectuais.  Eis os principais casos:


Ele começou a escrever o livro. (início de ação)

Ele continua escrevendo o livro.  (continuidade de ação)

Ele está escrevendo o livro.  (continuidade de ação)

Ele tornou a escrever o livro.  (repetição de ação)

Ele costuma escrever o livro.  (repetição, hábito)

Ele acabou de escrever o livro.  (término de ação)

Ele parou de escrever o livro.  (interrupção de ação)

Ele deixou de escrever o livro.  (interrupção de ação)

Obs.: Não é tarefa fácil verificar a existência ou não de locução verbal em alguns casos.  Veja só:

  Eu vou almoçar agora.

  Eu vou agora almoçar.

  Eu vou almoçar no restaurante.

  Eu vou ao restaurante almoçar.

 

  Onde você vai almoçar?

  Aonde você vai  para almoçar?

  Vários verbos participam, como auxiliares, de locuções verbais, a fim de assinalar o modo como o leitor deve entender o que está sendo escrito: desejo, probabilidade, dever, possibilidade, necessidade, etc. Eis alguns casos:

Ele pode chegar a qualquer hora. (possibilidade)

Ele deve chegar depois das dez. (possibilidade)

Cada cidadão deve preservar a cidade. (obrigação)

Preciso escrever um livro. (necessidade)

Pretendemos conseguir um emprego. (intenção)

Consegui terminar o trabalho. (finalização)

Ele vai escrever o livro.  (iminência de ação)

Quero aprender a tocar violão. (vontade)

Não confunda o futuro do subjuntivo com o infinitivo pessoal (flexionado).


Macete: Em concursos, em geral, são colocados verbos regulares, justamente porque apresentam identidade de formas entre o infinitivo flexionado e o futuro do subjuntivo.  O macete é você substituir (ou no mesmo caso ou em um caso analógico, semelhante) o verbo a ser analisado por um irregular forte: fazer, por exemplo.  Se surgir o radical “fiz-“, será futuro do subjuntivo; se surgir o radical “faz-“, será infinitivo.


1) Quando o infinitivo é o verbo principal de uma locução verbal, a norma é que ele não se flexione.  Pode ocorrer flexão, entretanto, se o infinitivo se distanciar do seu auxiliar ou se o auxiliar (anteriormente expresso) se omitir.  Veja:

a) Que nós possamos estudar adequadamente.

b) Que nós possamos, ao longo do ano de 2008, com muita atenção, força e persistência, estudarmos para os concursos.

c) Que possamos acompanhar os jornais, sobretudo os voltados para a realização de concursos públicos, realizarmos cursos adequados às nossas deficiências.


2) Quando o infinitivo está fora de uma locução verbal, em casos como “Eles vieram aqui para estudar.” a flexão só é obrigatória quando o sujeito está claramente expresso. Veja:

Eles vieram aqui para estudar.    (certo)

Eles vieram aqui para estudarem.   (certo)

Nós estudamos para passar.     (certo)

Nós estudamos para passarmos.   (certo)

Estudamos para nós passar.     (errado)

Estudamos para nós passarmos.   (certo)

Obs.1 : A flexão também se dá quando se quer frisar, na oração subordinada, sujeito diferente do da oração principal.  Veja:

Meu filho, trabalhamos para (tu) estudares tranquilo.

Obs.2 : A flexão também se dá quando se quer indeterminar o sujeito da oração subordinada.

Meu filho, eu protejo você para jamais o maltratarem.

Quando o infinitivo é dependente de verbos causativos (mandar, deixar, fazer, etc.) e sensitivos (ver, ouvir, sentir, etc.), as divergências entre os gramáticos são muitas.  Em linhas gerais, pode-se observar o seguinte:

a) o infinitivo, em geral, não se flexiona se vier imediatamente após o causativo/sensitivo. Eventualmente, pode ser flexionado por questão de eufonia. Veja:

   

Deixei sair as crianças.    (certo)

Deixei saírem as crianças.  (certo)

Obs.: Sendo o verbo pronominal (com ideia básica de reflexividade ou reciprocidade), a pluralização praticamente se impõe.  Veja:

Deixei abraçarem-se as crianças.

b) a flexão é inteiramente possível, quando entre o causativo/sensitivo e o infinitivo se insere sujeito representado por substantivo ou pronome que não seja oblíquo.  Veja:

Deixei as crianças sair.   (certo)

Deixei as crianças saírem.    (certo)

Mandei os alunos levantarem-se.  (certo)

 

c) quando entre o causativo/sensitivo e o infinitivo se insere sujeito representado por pronome oblíquo, a boa norma gramatical exige que não haja flexão, sendo esta justificada apenas em casos de estilística, eufonia, etc.

As crianças?    Deixei-as entrar.  (certo)

As crianças?   Deixei-as se abraçarem.   (certo)

Os alunos?   Vi-os sair.  (certo)

Síntese Teórica– Classificação do verbo

O verbo em si pode ser assim classificado:

1) Regular: é o verbo que segue o paradigma de sua conjugação.  Cantar, vender e partir são, respectivamente, exemplos de verbos regulares das 1ª, 2ª e 3ª conjugações.

2) Irregular:  muitos verbos apresentam irregularidade já no RD. Em geral, isso se revela já no presente do indicativo.  Veja e compare:


VERBO REGULAR

Cantar – Infinitivo.  RD: cant-

eu canto, tu cantas, ele canta,

nós cantamos, vós cantais, eles cantam.


VERBO IRREGULAR

Sentir  - Infinitivo.  RD: sent-

eu  sinto, tu sentes, ele sente,

nós sentimos, vós sentis, eles sentem.

 

Observe que, na primeira pessoa do singular, o RD sofreu variação (de sent- para sint-), o que é caracerística do VERBO IRREGULAR.

RD: sint-    Verbo Irregular

Há dois tipos de irregulares:
a) fortes - o presente do indicativo tem o radical diferente do presente do indicativo. Essa irregularidade se estende também ao pretérito mais-que-perfeito, imperfeito do subjuntivo e futuro do subjuntivo
b) fracos - a irregularidade está apenas no presente do indicativo, no presente do subjuntivo e nos dois imperativos

Obs.: Há verbos regulares que apresentam alterações para manter a pronúncia. Essas alterações não constituem irregularidade.

3. Anômalo: apresenta profundas irregularidades. São classificados como anômalos em todas as gramáticas os verbos ser, ir, ter, estar, haver, vir e pôr.
Ser - provém dos verbos latinos sedere e esse
Ir - provém dos verbos latinos ire, vadere e fugere

4. Defectivo: não apresenta todas as formas. Verbos como falir, colorir, banir, precaver, reaver, abolir, demolir, colorir, explodir, extorquir, ressarcir e computar, são defectivos.

5. Abundante: apresentam mais de uma forma para uma mesma flexão. É o caso, por exemplo, do verbo eleger, que aceita dois particípios: eleito e elegido.

As formas verbais podem ser:
a) rizotônicas - quando a sílaba tônica recai no radical. São oito: eu, tu, ele e eles do presente do indicativo, eu, tu, ele e eles do presente do subjuntivo e as correspondentes do imperativo.
b) arrizotônicas - quando a sílaba tônica recai na desinência. São as demais formas.

Síntese Teórica - Emprego dos tempos verbais do indicativo

Presente do indicativo:
a) Fato atual (presente momentâneo). Ex.: Faz muito calor.
b) Verdade científica (presente durativo). Ex.: A Lua gira em torno da Terra.
c) Ação que se repete (presente habitual). Ex.: Leio todas as noites.
d) Aproxima o leitor dos fatos ocorridos no passado (presente histórico). Ex.: Em 1954, morre Getúlio Vargas.
e) Fato futuro. Ex.: Outro dia eu falo com ele.
f) Atenua o tom do imperativo. Ex.: Você resolve isso para mim?

Pretérito imperfeito do indicativo:
a) Ação habitual no passado. Ex.: Quando era pequena, andava de bicicleta.
b) Fato passado incerto no tempo. Ex.: Era uma vez duas princesas...

Pretérito perfeito do indicativo:
Ação concluída no passado. Ex.: Fiz o concurso do TRT.

Pretérito mais-que-perfeito do indicativo:
Ação ocorrida antes de outra também passada. Ex.: Quando cheguei, ela já saíra de casa.

Futuro do presente do indicativo:
a) Ação certa no futuro. Ex.: As provas serão em setembro.
b) Dúvida ou incerteza sobre fato atual. Ex.: Será que ele vai trabalhar hoje?
c) Substitui o imperativo. Ex.: Não terás outros deuses além de mim.

Futuro do pretérito do indicativo:
a) Ação não realizada dependente de uma condição. Ex.: Eu compraria uma fazenda se eu ganhasse na loteria.
b) Dúvida ou incerteza sobre fato passado. Ex.: Quem seria aquela mulher?
c) Surpresa ou indignação em frases interrogativas e exclamativas. Ex.: Jamais imaginaria isso! / Ela não ousaria fazer uma coisa dessa!
d) Polidez de um pedido. Ex.: Você deveria estudar, porque corre o risco de repetir de ano.

Síntese Teórica – Pronomes possessivos

Fazem referência às pessoas do discurso, apresentando-as como possuidoras de algo.  Concordam em gênero e número com a coisa possuída.  Veja só.

Meu filho.    Meus filhos.

Minha filha.   Minhas filhas.

São pronomes possessivos da língua portuguesa as formas:

1ª pessoa - meu, minha, meus, minhas / nosso, nossa, nossos, nossas
2ª pessoa - teu, tua, teus, tuas / vosso, vossa, vossos, vossas
3ª pessoa - seu, sua, seus, suas

O uso do possessivo seu (a/s) pode causar ambiguidade. Veja só:

O diretor falou com a secretária em sua sala.

De quem é a sala: do diretor ou da secretária?

 

Às vezes, os possessivos podem transmitir ideia de aproximação, afeto, respeito ou ofensa:

Ele tem lá seus 50 anos.
Meu caro amigo, cuide de sua saúde.
Sente-se aqui, minha senhora.
Não faça assim, sua idiota!

Nas expressões do tipo "Seu Pedro", seu não tem valor de posse.  Trata-se de abreviação informal de Senhor.

Síntese Teórica – Pronomes demonstrativos

Situação espacial:
este / esta / isto - perto de quem fala
esse / essa / isso - perto de com quem se fala
aquele / aquela / aquilo - longe de ambos

Situação temporal:
este / esta / isto - tempo presente
esse / essa / isso - passado ou futuro próximo
aquele / aquela / aquilo - passado muito distante

Situação contextual:
este / esta / isto - apresenta
esse / essa / isso - retoma

Quando há dois elementos, os pronomes este, esta e isto retomam o último termo citado, aquele, aquela e aquilo retomam o último. Para retomar três ou mais elementos, usam-se numerais.

São também demonstrativos: mesmo, próprio, tal, semelhante, o, a, os, as.


Os pronomes relativos podem ser divididos segundo a natureza dos referentes. Há os relativos que se referem indiscriminadamente a pessoas ou a coisas.  Ei-los:


a) que, qual – Semanticamente, tais relativos não têm sentido por si só; o sentido lhes é dado pelos antecedentes (referentes).

Ex.: Não são poucos os alunos que estudam de madrugada.

Ex.: As eleições, as quais mobilizam a população, requerem consciência.


b) quanto – indicador de quantidade indefinida.  O antecedente é um indefinido do tipo tanto(s), todos, tudo.

Ex.: Tudo quanto fiz por você é pouco.

Ex.: Todos quantos vieram foram embora.

Ex.: Entrevistei tantos quantos vieram aqui.


c) cujo – indica pertinência ou mesmo posse.  Lembremo-nos de que esse pronome exige, em regra, antecedente e consequente expressos, e concorda em gênero e número com este, que deve ser diferente daquele.

O antecedente é representado por um substantivo (tal qual o consequente), ou por um pronome.


Ex.: A moça cuja bolsa foi roubada chorou.

Ex.: As eleições estaduais, cujo vencedor poderá ser da situação, serão neste ano.

Se o antecedente e o consequente forem o mesmo, substitui-se o cujo pelo pronome que.
Ex.: Li o livro cujo livro me encantou. (errado)
     Li o livro que me encantou. (correto)
     Li o livro cujo enredo me encantou. (correto)

Há outros:
d) quem - usado para pessoas ou coisas personificadas
e) onde - usado para lugares
f) como - usado quando houver as palavras modo, maneira, forma ou jeito
g) quando - usado quando houver alguma palavra que indique tempo

BREVE RECORDAÇÃO DA TOPOLOGIA PRONOMINAL

Usa-se a próclise - com palavras negativas / advérbios / pronomes relativos, indefinidos e demonstrativos / conjunções subordinativas / frases exclamativas, interrogativas e optativas / gerúndio precedido da preposição em
Facultativamente, com sujeito expresso (substantivo, numeral, pronome pessoal reto, possessivo ou de tratamento) e conjunções coordenativas.
Usa-se a mesóclise - com verbo no futuro do presente ou do pretérito
Usa-se a ênclise - com verbo no início da frase / no imperativo afirmativo / no gerúndio / no infinitivo impessoal

Em locuções verbais e tempos compostos:
verbo principal no infinitivo ou no gerúndio - o pronome pode ser colocado antes, no meio ou depois da locução. Se houver palavra atrativa, o pronome só pode ser colocado antes ou depois da locução.
verbo principal no particípio - o pronome pode ser colocado antes ou no meio da locução. Se houver palavra atrativa, o pronome só pode ficar antes da locução.

Síntese Teórica I – Objeto Direto.

1) Objeto Direto é o complemento do verbo transitivo direto. Veja só.

Eu  quero  uma  caneta.
suj  vtd     od

Lembre-se de que os pronomes oblíquos átonos de terceira pessoa (-o, -os, -a, -as), quando funcionam como objetos, só podem ser diretos; além disso, quando colocados depois do verbo, sofrem aquelas variações, dependendo das terminações destes.  Veja só.

Vejo  a garota.   Vejo-a.
 vtd   od               vtd  od

Vimos  a garota.    Vimo-la.
    vtd   od                 vtd  od

Viram  a garota.    Viram-na.
   vtd    od                  vtd  od


2) Objeto Direto Preposicionado é o OD precedido de preposição não exigida pelo verbo.  Eis três casos:

a) Quando o objeto direto tem como núcleo um pronome oblíquo tônico)

  Ela  me  viu.  Ela  viu  a mim.
  suj  od  vtd  suj   vtd  od prepos.

Observe que todo pronome oblíquo vem precedido de preposição.  No caso, é o pronome oblíquo “mim” que exige a preposição; não o verbo.


b) Quando se quer dar ideia partitiva (parte de um todo) ao objeto direto.  Compare:

  Eu comi  o bolo.    Eu comi do bolo.
                   od                         od preposicionado


c) Com a palavra Deus.

  Louvo  a Deus.    Amo  a Deus.
     vtd   od prepos.  vtd   od prepos.


3) Objeto Direto Interno é aquele que, estilisticamente, repete a ideia do verbo.  Em  geral, verbo e complemento são cognatos, isto é, têm o mesmo radical, a mesma origem. Deve vir acompanhado de um adjetivo, caso contrário torna-se uma redundância.

Eu sonhei um sonho esquisito.
                 od interno

Vivo vida boa.
         od interno


4) Objeto Direto Pleonástico é aquele que, sintaticamente, repete o OD.

O retrato,  guardei-O  com carinho.
         od        vtd  od    adj. adv. pleonástico

Síntese Teórica II – Objeto Indireto.

1) Objeto Indireto é o complemento do verbo transitivo indireto. Veja só.

Eu  preciso  de uma  caneta.
suj   vti        oi

Lembre-se de que os pronomes oblíquos átonos de terceira pessoa (-lhe, -lhes), quando funcionam como objetos, só podem ser indiretos. Além disso, eles correspondem à estrutura “a ele(s)”, “a ela(s).  Veja só.

Dei um presente à professora. (OI)

Dei um presente a ela. (OI)

Dei-lhe (OI) um presente.

2) Objeto Indireto Pleonástico é aquele que, sintaticamente, repete o OI.

Ao professor,  dei-LHE  o presente.
           oi                   vti  oi  od pleonástico
           

Alguns gramáticos consideram outros tipos de objeto indireto:
a) objeto indireto de opinião (ou dativo de opinião) - Para mim, você se enganou.
b) objeto indireto de posse - É importante levantar-lhe a autoestima.
c) objeto indireto de interesse (ou dativo ético) - Não me quebre esse vaso!

No primeiro caso, as bancas de concursos consideram como um complemento nominal.
No segundo, consideram como um adjunto adnominal.
No terceiro, consideram como um mero expletivo.


Síntese Teórica II – Complemento Nominal.

O COMPLEMENTO NOMINAL é expressão, em geral preposicionada, que representa o alvo para o qual tende um sentimento, disposição ou movimento.  O CN é exigido pela significação transitiva, incompleta, de adjetivos, de advérbios e de substantivos abstratos.

1) CN de adjetivos – Qualquer expressão preposicionada referindo-se diretamente a um adjetivo é Complemento Nominal.

  Ela sempre foi fiel ao marido.

 

2) CN de advérbios – Qualquer expressão preposicionada referindo-se diretamente a um advérbio é Complemento Nominal.

  Ela agiu contrariamente a seus interesses.

3)  CN de substantivos – Em se tratando de substantivos, só os abstratos admitem complemento nominal, isto é, os substantivos que, em geral, indicam sentimento, qualidade ou ação. Assim sendo, o Complemento Nominal se liga, geralmente, a substantivos que contêm em sua estrutura um verbo ou um adjetivo transitivo.

Ela tem orgulho de seu filho.


Síntese Teórica III – Agente da Passiva

Em análise sintática, VOZ é a relação do sujeito com o verbo.  Se o sujeito é agente da ação verbal, diz-se que a Voz é Ativa. Veja só:

O garoto quebrou o espelho.

Sujeito: O garoto (agente da ação verbal)
Voz Ativa

Se o sujeito é paciente da ação verbal, diz-se que a Voz é Passiva.  Veja só:

O espelho foi quebrado pelo garoto.
                                     (agente da passiva)

Sujeito: O espelho (paciente da ação verbal)
Voz Passiva.

Na voz passiva, o termo que exerce a ação verbal é chamado de Agente da Passiva.  

Síntese Teórica I – Adjunto Adnominal.

O ADJUNTO ADNOMINAL é o  termo que modifica exclusivamente o substantivo (ou o pronome substantivo).  Pode vir representado por um artigo (definido ou indefinido), por um pronome adjetivo, por um numeral, por um adjetivo ou locução adjetiva.  Veja.

A melhor aluna da classe ganhou dois prêmios.

Ela é uma mulher de bom coração.

Quatro funcionários foram premiados.

O adjunto adnominal sempre faz parte de uma função sintática; por vezes, o adjunto adnominal faz parte de um outro adjunto adnominal, conforme se vê nos exemplos acima.  Exceção a essa regra só existe uma: quando o pronome oblíquo átono, com valor de posse, funciona como adjunto adnominal.  Veja só.

Você me machucou o coração.


Síntese Teórica II – Adjunto Adverbial.

O ADJUNTO ADVERBIAL é expressão (em Morfologia, corresponde ao advérbio e à locução adverbial) que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um outro advérbio, sempre indicando uma circunstância que, em geral, é de:

a) afirmação: sim, de fato, com efeito, com certeza, efetivamente, etc.

b) negação: não, de modo algum, de maneira nenhuma, tampouco, etc.

c) dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, etc.

d) modo: bem, assim, mal, debalde, às pressas, etc.

e) tempo: hoje, já, jamais, nunca, em breve, etc.

f) lugar: aqui, fora, dentro, junto, perto, etc.

g) intensidade: de todo, muito, bastante, mais, meio, quanto, quão, tanto,  tão, etc.

h) meio

i) instrumento

j) companhia

k) assunto

l) causa

m) concessão

n) condição

 

Síntese Teórica III – Aposto.

O APOSTO é, em geral, a segunda de duas expressões substantivas que se referem ao mesmo ser ou elemento. Sua função é a de explicar, enumerar, etc. Eis os sete principais casos:

Ex.1: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro. (aposto explicativo)

Ex.2: Amanda solicitou três documentos: atestado médico, histórico escolar e carteira de trabalho. (aposto enumerador)

Ex.3: Doces, salgados, bebidas e enfeites, tudo preparado para a festa. (aposto resumidor)

Ex.4: Nasci na cidade de Salvador, Rua São José. (aposto especificador)

Ex.5: Paula e Adriana são minhas alunas. Esta gosta de filme de ficção científica, aquela de comédia. (aposto distributivo)

Ex.6: O menino, um pequeno gênio, tirava as melhores notas. (aposto comparativo)

Ex.7: Henrique disse que não consegue mais trabalhar, fato que me deixou bastante preocupada. (aposto de oração)


Síntese Teórica III – Vocativo.

O VOCATIVO é a expressão de caráter exclamativo através da qual chamamos ou pomos em evidência a pessoa a quem nos dirigimos. Vem do latim vocare (chamar). Veja.

Tu, meu irmão, precisas me ouvir.  

Quando se quer realçar o vocativo, pode-se fazê-lo preceder da interjeição 'ó'.

Ex.: Ó minha linda amada, fica comigo.

Dá-se o nome de  Regência Verbal à relação do verbo com seu “complemento".  Saber quando o verbo pede preposição (e qual preposição) é o objeto de estudo da Regência.  Vamos a alguns casos de grande incidência em concursos públicos.

1) Aspirar
VTD - respirar
VTI - desejar

2) Assistir
VTD - ajudar
VTI - ver
VTI - pertencer
VI - morar

3) Agradar
VTD - fazer carinho
VTI - satisfazer

4) Pagar / Agradecer / Perdoar
VTD - coisa
VTI - pessoa

5) Chamar
VTD - convocar
VTI - invocar
VTD ou VTI - qualificar

6) Custar
VI - ter preço
VTI - ser difícil

7) Consistir - VTI

8) Implicar
VTD - acarretar
VTI - ter implicância
VTDI - envolver-se

9) Lembrar / Esquecer
VTD - não pronominal
VTI - pronominal

10) Proceder
VTI - realizar
VTI - vir de
VI - fazer sentido
VI - comportar-se

11) Preferir - é VTDI
Obs.: É errado usar expressões de intensidade e de comparação.

12) Responder
VTD - dar como resposta
VTI - dar uma resposta a

13) Simpatizar - VTI
Obs.: É errado usar como pronominal.

14) Visar
VTD - mirar
VTD - dar visto
VTI - ter em vista

15) Reparar
VTD - consertar
VTD - indenizar
VTI - observar

16) Precisar
VTI - necessitar
VTD - indicar com precisão
VI - ser necessitado

17) Ir / Chegar - são VI

18) Obedecer - é VTI

19) Namorar - é VTD

20) Presidir - pode ser VTD ou VTI sem mudança de sentido

Outras regências - acusar de, abster-se de, acabar com, acomodar-se a, adaptar a, apaixonar-se por, aplicar-se a, arrepender-se de, assemelhar-se a, assustar-se com, atribuir a, brigar com, blasfemar contra, clamar por, começar concentrar-se em, confessar a, contentar-se com, contribuir com/para, curar-se de, desesperar-se com, descender de, desentender-se com, despedir-se de, diferenciar de, encarregar de, entristecer-se com, entreter-se com, equivaler a, espantar-se com, excluir de, extrair de, exonerar de, extorquir de, falar sobre/com/de, formar-se em, habituar-se a, impedir de, importar de, importar-se com, incidir em, internar-se em, isentar de, negociar-se com/em, orar por, radicar-se em, recusar-se a, subtrair de, separar-se de, traduzir de/para, transferir de/para, transformar em, untar com, vingar-se de, vincular a

Obs.1: São corretas construções como aderir a, depender de, concordar com, incluir em, incorrer em, coincidir com, compartilhar com, coexistir com, combinar com, inserir em, conformar-se com, incorporar em, instalar em, demitir de, intercalar entre, peregrinar por.
Obs.2: Não se deve dar um único complemento a verbos de regências diferentes. Verbos de regências iguais podem ter o mesmo complemento.
Obs.3: Normalmente verbos antônimos têm regências diferentes: colocar em / tirar de, apegar-se a / desapegar-se de, concordar com / discordar de, aparecer em / desaparecer de.

Síntese Teórica – Regência Nominal.

Há nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – cujo sentido requer a introdução de uma ideia por meio de preposição.  Identificar a preposição correta e adequada a cada caso é objeto de estudo da Regência Nominal.

(a)  Estamos atentos a tudo que acontece na sociedade.

(b)  Paulo está adaptado ao novo emprego.

(c)  Maria está aflita com sua demissão.

(d)  Sou devoto de Santo Antônio.

Há alguns nomes que mudam de sentido com a troca de preposição:
Ele tem consideração por seus amigos. (respeito)
Ele expôs suas considerações sobre seus amigos. (comentário)

Alguns não têm o sentido alterado:
Maria mora junto à lotérica. / Maria mora junto da lotérica. (tanto junto a quanto junto de significam próximo)

Concordância Nominal

Casos especiais:
1) Adjetivo se referindo a mais de um substantivo: pode concordar com o mais próximo ou com todos. Se vier antes do substantivo, concorda com o mais próximo, exceto se ele se referir a nomes próprios ou graus de parentesco. Neste caso, faz a concordância no plural.
Se os adjetivos forem sinônimos, faz-se a concordância atrativa. Se forem antônimos, faz-se a concordância gramatical.
2) Substantivo com dois ou mais adjetivos: pode ficar no singular e o artigo se repetir ou ficar no plural e o artigo não se repetir.
3) Expressões é bom, é permitido, é proibido, é necessário, é vedado: só variam se houver artigo ou outro determinante.
4) Bastante: pode ser advérbio, pronome ou adjetivo
5) Meio: pode ser advérbio, numeral ou substantivo
6) Só: pode ser adjetivo ou advérbio. Existe também a expressão a sós
7) Anexo: é adjetivo. A expressão 'em anexo' é invariável.
8) Incluso: é adjetivo
9) Quite: é adjetivo
10) Obrigado: concorda com o emissor
11) Menos: não varia
12) Alerta: só varia quando for substantivo
13) Tal qual: é expressão invariável
14) A olhos vistos: é expressão invariável

Concordância Verbal

Casos especiais:
1) Coletivo ou expressão partitiva - acompanhado de determinante no plural, o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.
2) Núcleos de pessoas gramaticais diferentes - a primeira pessoa prevalece sobre as demais, a segunda pessoa prevalece sobre a terceira.
3) Expressões numéricas aproximativas (cerca de, perto de, mais de, menos de) - o verbo concorda com o numeral. Se a expressão 'mais de um' vier repetida ou indicar reciprocidade, o verbo vai para o plural.
4) Pronome interrogativo ou indefinido plural + nós ou vós - se o primeiro pronome for singular, o verbo só pode ficar no singular. Se o primeiro pronome for plural, o verbo pode concordar com o primeiro pronome ou com o segundo.
5) Porcentagens ou frações - o verbo concorda com o numeral ou com o determinante.
6) Pronome relativo que - o verbo concorda com o antecedente.
7) Pronome relativo quem - o verbo pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o antecedente.
8) Nomes próprios no plural - o verbo fica no singular se não houver artigo. Vai para o plural se houver artigo. Obras literárias: o verbo pode ficar no singular concordando com a palavra 'obra' subentendida ou ir para o plural.
9) Verbos dar, bater e soar - indicando horas, concordam com o numeral. Se houver um sujeito expresso, com ele concorda.
10) Núcleos ligados por OU - no sentido de exclusão, o verbo fica no singular. No sentido de adição, o verbo vai para o plural.
11) Sujeito composto com núcleos sinônimos ou dispostos em gradação - o verbo pode ficar no singular ou ir para o plural.

Com o verbo ser:
1) Se o sujeito for representado por pronome pessoal, o verbo concorda com ele.
2) Se o verbo está entre dois substantivos que designam coisas, a concordância é facultativa.
3) Com os pronomes interrogativos que e quem, o verbo concorda com o predicativo.
4) Se o sujeito for o indefinido tudo ou os demonstrativos isto, isso, aquilo e o, a concordância é facultativa.
5) Na indicação de horas, datas e distâncias, a concordância se faz com o numeral.
6) Na indicação de quantidade, o verbo fica no singular.
7) A expressão era uma vez é invariável.

Verbos impessoais:
1) Fazer - quando expressa clima ou tempo decorrido, não vai para o plural.
2) Haver - nos sentidos de existir, acontecer ou tempo decorrido, não vai para o plural.
3) Verbos de fenômeno da natureza - ficam no singular. Só vão para o plural se forem usados em sentido figurado.

Síntese Teórica I – Pronomes Relativos

A oração subordinada adjetiva possui valor e função de adjetivo, ou seja, equivale a um adjetivo.   Veja:

Chegou o aluno dedicado. (adj).

Observe que o substantivo “aluno” foi caracterizado pelo adjetivo dedicado.

Chegou o aluno [que se dedica]. (or. subordinada adjetiva)

Observe o substantivo “aluno” foi caracterizado pela oração subordinada adjetiva que se dedica. Note que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome relativo que.

As orações adjetivas vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.

Síntese Teórica II – Orações Adjetivas

As orações subordinadas adjetivas podem ser:

1) Restritivas: Restringem o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. Não vêm separadas por vírgula. Veja:

[Chegou o professor] [que me auxiliou no projeto].
or. principal               or. subordinada adjetiva restritiva

2) Explicativas: Explicam algo sobre o antecedente. Vêm separadas por vírgula e podem ser retiradas da frase sem nenhum prejuízo ao sentido.

[Chegou Paulo], [que me auxiliou no projeto].
or. principal        or. subordinada adjetiva explicativa


Síntese Teórica III – Semântica das adjetivas

A oração adjetiva restritiva – o próprio nome já diz – restringe, ou seja, delimita, particulariza; já a oração adjetiva explicativa não restringe, ou seja, generaliza, universaliza.  Com base nisso, compare:

[Paulo encontrou os primos] (or. principal) [que moram em Roma]. (or. subordinada adjetiva restritiva)       

No período acima, podemos afirmar que “Paulo” tem primos que moram em Roma e, pelo menos, um primo que mora em outro lugar. A palavra "primo", no caso, teve seu sentido limitado, ou seja, especificado. Para isso, usou-se uma oração subordinada adjetiva restritiva.  Veja agora:

[Paulo encontrou os primos] (or. principal),[que moram em Roma] (or. subordinada adjetiva explicativa).

Nesse período, é possível inferir que todos os primos de Paulo moram em Roma. A oração adjetiva explicativa apresenta um comentário, uma informação extra.

Síntese Teórica I – Natureza das substantivas.

As orações subordinadas substantivas têm natureza substantiva, ou seja, exercem as funções sintáticas de um substantivo: sujeito, predicativo, objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto e agente da passiva. São iniciadas por conjunções integrantes, pronomes ou advérbios interrogativos.

Síntese Teórica II – Classificação das substantivas

1) Subjetiva - sujeito do verbo da oração principal
2) Objetiva direta - objeto direto do verbo da oração principal
3) Objetiva indireta - objeto indireto do verbo da oração principal
4) Completiva nominal - complemento nominal do verbo da oração principal
5) Predicativa - predicativo da oração principal
6) Apositiva - aposto da oração principal
7) Agente da passiva - AP da oração principal

Pontuação - Uso da Vírgula

Não se usa vírgula:
1) entre o sujeito e o verbo
2) entre o verbo e seus complementos
3) entre o verbo de ligação e o predicativo
4) entre o nome e o complemento nominal ou adjunto adnominal
5) entre a locução verbal de voz passiva e o agente da passiva

Usa-se a vírgula:
1) para separar itens de uma enumeração
2) para isolar o aposto explicativo e comparativo
3) para isolar o vocativo
4) para separar palavras e expressões explicativas ou retificadoras
5) para separar orações coordenadas assindéticas ou sindéticas
6) para separar orações adverbiais antepostas ou intercaladas
7) para separar o nome do lugar nas datas
8) para separar adjuntos adverbiais antepostos ou intercalados
9) para separar o objeto direto ou indireto pleonástico e os anacolutos
10) para marcar a elipse de verbo

Pontuação - Uso do ponto e vírgula

1) para separar itens de uma enumeração e considerandos de um decreto, lei ou regulamento
2) antes de conjunções adversativas e conclusivas

Pontuação - Uso dos dois-pontos

1) enumerações
2) explicações
3) citações
4) exemplos, notas e observações
5) orações apositivas

Pontuação - Uso das reticências

1) suspensão do pensamento
2) dúvida, incerteza
3) ideia que se prolonga, substituindo o etc.

Pontuação - Uso das aspas

1) em citações
2) para enfatizar uma palavra
3) em ironias
4) em estrangeirismos, gírias, neologismos, arcaísmos e expressões populares
5) em nomes de obras literárias ou artísticas. Neste caso, pode ser substituído pelo itálico

Pontuação - Uso do travessão

1) troca de interlocutor
2) substitui os parênteses e a vírgula

Pontuação - Uso do ponto final

1) no fim de frases declarativas e imperativas
2) nas abreviaturas

Pontuação - Uso do ponto de exclamação

1) depois de interjeições e de frases exclamativas
2) depois de frases imperativas e optativas
3) depois de vocativos enfáticos, como as apóstrofes

Pontuação - Uso do ponto de interrogação

Usa-se nas frases interrogativas diretas.

Obs.1: Pode se usar o ponto de interrogação seguido de reticências ou de exclamação, para indicar surpresa ou dúvida.
Obs.2: Não se usa ponto de interrogação nas frases interrogativas indiretas.

Pontuação - Uso dos parênteses

1) explicações, comentários ou observações
2) citações
3) possibilidades alternativas de leitura
4) rubricas nos roteiros de teatro
5) ano de nascimento e morte de uma pessoa
6) citação de palavra ou expressão traduzida
7) significado de siglas

Funções morfossintáticas da palavra SE

1) Pronome reflexivo - a ação recai sobre o próprio sujeito. Funciona como OD, OI ou sujeito de infinitivo.
2) Pronome recíproco - a ação é mútua entre os sujeitos. Funciona como OD, OI ou sujeito de infinitivo.
3) Parte integrante do verbo - une-se a verbos pronominais.
4) Partícula expletiva - une-se a verbos intransitivos, para enfatizar a ação.
5) Pronome apassivador - une-se a VTDs e VTDIs, para formar a voz passiva sintética.
6) Índice de indeterminação do sujeito - une-se a VTIs, VIs e VLs, para indeterminar o sujeito.
7) Conjunção integrante - inicia oração subordinada substantiva. Pode ser substituída por isso.
8) Conjunção condicional - inicia oração subordinada adverbial condicional. Pode ser substituída por caso.

Funções morfossintáticas da palavra QUE

1) Advérbio - intensifica adjetivos ou advérbios.
2) Pronome indefinido - acompanha um substantivo, intensificando-o.
3) Pronome interrogativo - é usado em frases interrogativas diretas ou indiretas.
4) Substantivo - tem o sentido de 'algo / alguma coisa'. É acentuado e precedido de artigo ou outro determinante.
5) Interjeição - expressa emoção. É acentuada e seguida de ponto de exclamação.
6) Preposição - liga verbos de locuções verbais formadas pelos auxiliares ter e haver. Equivale à preposição de.
7) Partícula expletiva - é usada apenas para dar realce. Aparece também na expressão é que.
8) Pronome relativo - refere-se a um termo antecedente, ligando orações. Pode ser substituído por 'o qual' (e flexões).
9) Conjunção integrante - inicia oração subordinada substantiva. Pode ser substituída por isso.
10) Conjunção aditiva - inicia oração coordenada aditiva. Pode ser substituída por e.
11) Conjunção explicativa - inicia oração coordenada explicativa. Vem precedida de verbo no imperativo.
12) Conjunção consecutiva - inicia oração adverbial consecutiva. Vem precedida de uma palavra que começa com T.
13) Conjunção comparativa - inicia oração adverbial comparativa. Vem precedida de mais, menos, melhor, pior, maior e menor.

Síntese Teórica  – Crase: fundamentos.

Dá-se o nome de  Crase à fusão de a + a(s).  O primeiro a é sempre uma preposição; o segundo a é, em geral, um artigo.  A crase é representada graficamente pelo acento grave.

Crase:   a   +   a(s)   =  às

preposição  artigo    crase

definido feminino

Se crase é a fusão da preposição a com o artigo a(s), então, para haver crase, duas condições têm de coexistir:

1ª) um termo tem de exigir a preposição a;

2ª) outro termo tem de aceitar o artigo feminino a(s).

Compare:

Eu vi a garota.  Eu vi o garoto.

No caso acima, não há crase, pois “quem vê ... vê algo ou alguém”, ou seja, o verbo “ver” é transitivo direto e, por isso, não pede preposição.  Então, em “Eu vi a garota.”, o a não passa de um artigo. Tanto assim é que, ao substituir “garota” por “garoto”, surgiu o artigo definido masculino.

Eu me referi à garota.  Eu me referi ao garoto.

Agora, o caso é diferente.  Veja que “quem se refere … se refere a algo ou alguém”, ou seja, o verbo “referir-se” é transitivo indireto e, por isso, pede preposição.  Então, em “Eu me referi à garota.”, temos dois “as”: um deles é a preposição exigida pelo verbo; o outro é o artigo determinante de “garota”.  Daí o emprego do acento grave.

Síntese Teórica III – Crase (casos proibitivos).

Jamais se usa acento grave:

  . antes de pronome pessoal (reto ou oblíquo);

  . antes dos pronomes relativos quem, cuja(s);

  . antes dos pronomes indefinidos e interrogativos em geral;

  . antes de verbo;

  . antes dos demonstrativos esta (s) e essa(s);

  . em expressões envolvendo substantivos repetidos;

  . diante da maioria das formas de tratamento;

  . antes da palavra casa, no sentido de moradia, e da palavra terra, no sentido de chão firme;
 
  . A no singular e palavra no plural;
 
  . quando a palavra distância não estiver especificada;
   
  . antes da expressão Nossa Senhora e de nomes de santas.
 

Síntese Teórica IV - Crase (casos obrigatórios)

Sempre se usa acento grave:

  . nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas;
 
  . com nomes de lugar que aceitam o artigo;
 
  . quando as palavras casa, terra e distância estiverem especificadas;
 
  . na indicação de horas exatas.
 
Síntese Teórica V - Crase (casos facultativos)

Pode se usar ou não acento grave:

  . antes de nomes próprios femininos
 
  . antes de pronomes possessivos femininos
 
  . depois da preposição até
 
  . em adjuntos adverbiais de instrumento, exceto se sua falta gerar ambiguidade
 
Algumas das figuras de linguagem mais presentes em provas de concursos públicos.

1) Comparação- Consiste numa comparação explícita, com a presença do elemento comparativo: como, tal qual, igual a, feito, que nem (coloquial), etc., entre duas palavras ou expressões.

Ela é bela como uma flor.

Você é forte como um touro.


2) Metáfora- Consiste numa comparação implícita, numa relação de similaridade, entre duas palavras ou expressões. Ela é uma flor.  Você é um touro.


3) Antítese- Quando uma ideia se opõe a outra, sem impedi-la nem torná-la absurda. As ideias em si podem ser diametralmente opostas e até excludentes.

Você me foi infiel; mas eu não, fui sempre fiel.


4) Paradoxo- É a antítese extremada, em que duas ideias que se excluem são apresentadas como ocorrendo ao mesmo tempo e no mesmo contexto, o que gera uma contradição (não  necessariamente real).

Estou sonhando acordado.


5) Eufemismo- Volteio semântico que visa a suavizar uma expressão indelicada, forte ou inadequada em determinada situação.

Ele não está mais entre nós. (= morreu)

Ele é deficiente visual. (= cego)

Obs.: Não confunda o eufemismo com o disfemismo, expressão grosseira ou desagradavelmente direta, em vez de outra, indireta ou neutra.

Ele bateu as botas. (= morreu)


6) Hipérbole-  Consiste em expressar uma ideia de forma exagerada.

Subi mais de mil e oitocentas colinas.


7) Ironia- Figura de linguagem na qual se diz o contrário do que se realmente acredita ou pensa.

Chegou cedo, hein! (para alguém atrasado)


8) Gradação ou clímax- É uma sequência de ideias em ordem crescente ou decrescente.

Estava pobre, quebrado, miserável.


9) Prosopopeia ou personificação- Consiste em atribuir características humanas a seres não uhmanos.

O vento rugia.


10) Sinestesia- Consiste em misturar sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

Sentiu um toque doce.


11) Metonímia ou sinédoque- Consiste no emprego de uma palavra no lugar de outra, havendo entre ambas uma relação de semelhança.  Há vários tipos de metonímia; eis os principais:

. parte no lugar do todo (Ele tem duzentas cabeças de gado na fazenda.);

. o conteúdo no lugar do recipiente e vice-versa (Passe-me a farofa. Aceito um copo.);

. o autor no lugar da obra (Devolva o Neruda que você me tomou.);

. causa no lugar do efeito e vice-versa (O Sol faz mal.);

. o sinal no lugar da coisa significada (balança no lugar de Justiça);

. o concreto no lugar do abstrato (Jorge é um bom garfo.); etc.

. o lugar de origem no lugar do produto (Quero degustar um porto.); etc.

12) Catacrese - Metáfora desgastada pelo uso frequente.

O céu da boca.  

13) Litotes - Consiste em suavizar algo através da negação.

Ele não se interessou no assunto. (está desinteressado)

14) Hipérbato - Inversão da ordem direta.

“Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heroico o brado retumbante” (Hino Nacional)

15) Elipse - Omissão de um termo facilmente subentendido.

Vamos quitar a casa mês que vem.

16) Zeugma - Omissão de um termo que já apareceu antes.

Eu toco flauta; ela, violão.

17) Polissíndeto - Consiste na repetição das conjunções.

E chora, e grita, e esperneia.

18) Assíndeto - Consiste na omissão das conjunções.

“Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotulado, se quiser voar. Pra lua, a taxa é alta. Pro sol: identidade” (Carimbador Maluco - Raul Seixas)

19) Anacoluto - É a quebra da estrutura sintática da frase.

Meu vizinho, soube que ele está no hospital.

20) Anáfora - É a repetição de uma palavra no início de uma frase ou verso.

"É preciso salvar o país,
é preciso crer em Deus,
é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
é preciso esquecer fulana." (Poema da necessidade - Drummond)

21) Aliteração - É a repetição de consoantes.

“Como uma onda no mar” (Lulu Santos)

22) Assonância - É a repetição de vogais.

Noites de além, remotas, que eu recordo,
Noites da solidão, noites remotas (Cruz e Sousa - Violões que choram)

23) Paronomásia - É o uso de palavras parônimas.

Ele é um cavaleiro muito cavalheiro.

As funções da linguagem estão relacionadas ao ato de comunicação.  Dependendo de que elemento é enfatizado, fala-se em:

1) Função emotiva (expressiva): evidência à primeira pessoa (enunciador). Exemplos disso são os poemas, músicas, cordéis, novelas, biografias, entrevistas, depoimentos e memórias.

Eu amo, eu sofro, eu perco, eu ganho.  Minha vida em torno de mim, dentro de mim, fora de mim.

2) Função conativa (apelativa): evidência à segunda pessoa (enunciatário). Os comerciais são belíssimos exemplos dessa função, uma vez que sua natureza é convencer ou persuadir o destinatário.  É comum o emprego de formas imperativas. Outros exemplos são as bulas, receitas, manuais e tutoriais.

Compre já!  Venha para a Caixa você também!

3) Função fática (de contato): evidência ao canal de comunicação.  Revela preocupação se o canal está bem estabelecido. Exemplos são cumprimentos, saudações, despedidas, conversas telefônicas e vinhetas.

Alô!  Você está me ouvindo?

4) Função referencial (informativa): evidência ao contexto situacional (referencial). O melhor exemplo são as a notícia de um jornal, revista ou telejornal, textos científicos, livros didáticos, correspondências comerciais e empresariais e as redações.

5) Função poética (estética): evidência à construção do texto, apelo a figuras, versos, etc.  Os poemas, letras de música, piadas, trocadilhos e histórias em quadrinhos são ótimos exemplos.

6) Função metalinguística: evidência ao código.  Se um texto fala do próprio texto, já temos metalinguagem.  O melhor exemplo são as gramáticas e dicionários, e programas de TV que falam sobre televisão.

Denotação e Conotação

Basicamente, denotação é o sentido real das palavras. Em geral, quando se fala em conotação, a palavra é usada em seu sentido figurado, criado pelo contexto. Compare:

a) O muro de sua casa é de pedra.  (sentido literal)

b) O muro de seu coração é de pedra.   (sentido conotativo)

No contexto da frase, cada pronome pode assumir uma função substantiva, quando ele substitui um substantivo, ou uma função adjetiva, quando acompanha um substantivo.  Veja só.

Ex.: Quando cheguei, ela se calou. (pronome pessoal substantivo)

Ex.: Não vi nenhum aluno se calou.(pronome indefinido adjetivo)

Há seis tipos de pronomes, cada um dos quais vamos passar a estudar agora.

Síntese Teórica I – Pronomes pessoais (I)

Retos - eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas
Oblíquos átonos - me, te, se, nos, vos, o, a, os, as, lhe, lhes
Oblíquos tônicos - mim, comigo, ti, contigo, si, consigo, ele, ela, eles, elas, nós, conosco, vós, convosco


Síntese Teórica II – Pronomes pessoais (II)

Casos particulares no emprego dos oblíquos

1) Os pronomes oblíquos podem ter valor reflexivo (a ação é praticada e sofrida pelo mesmo ser), quando representam a mesma pessoa do sujeito num contexto frasal.

Ex.: Ela se penteou.

Ex.: Eu me olhei no espelho.

Por vezes, o valor é de reciprocidade (um ao outro).  Compare:

a) Noivo e noiva se aprontaram para o casamento.

b) Noivo e noiva se beijaram no altar.

2) As formas lo, la, los, las substituem os pronomes oblíquos o, a, os, as, respectivamente, quando estes se apresentam depois de verbos terminados em r, z ou s:

Fê-lo recuar. (fez + o)

Depois de vê-lo, ficou eufórica. (ver + o)

3) As formas no, na, nos, nas substituem, também, os pronomes oblíquos o, a, os, as respectivamente, quando estes se apresentam depois de verbos que terminam em som nasal (-am, -em, -ão, -õe).

Dão-nas a eles.  (dão + as)

4) Os pronomes oblíquos, às vezes, podem ter sentido possessivo.  Veja só:

Cortou-me o cabelo. (= Cortou o meu cabelo.)

5) As formas compostas comigo, contigo, conosco e convosco já trazem incorporadas a  preposição com.  As formas “com nós” e “com vós” devem ser usadas no lugar de “conosco” e “convosco respectivamente, quando seguidas de numerais ou de termos como todos, próprios, ambos, mesmos, etc.

Ela saiu conosco.

Ela saiu com nós três.

Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso quando considerada de modo vago, impreciso ou genérico, representando pessoas, coisas e lugares. Alguns também podem dar ideia de conjunto ou quantidade indeterminada. Quanto à flexão, podem ser:

a) variáveis - algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, tanto, quanto, bastante, qualquer
b) invariáveis - alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, cada, algo, fulano, beltrano, sicrano

São locuções pronominais indefinidas: cada qual, cada um, qualquer um, quem quer que, seja quem for, seja qual for, todo aquele que, um ou outro, uma ou outra,  etc.

Usos especiais:
a) Algum - antes do substantivo tem valor afirmativo. Depois do substantivo, tem valor negativo
b) Certo - é pronome quando antes do substantivo. Quando vem depois, é adjetivo
c) Qualquer - tem sentido pejorativo quando vem depois do substantivo ou acompanhado do artigo indefinido um
d) Todo / toda - no singular e sem artigo, significam qualquer. Com artigo, significam inteiro
e) Cada - não pode aparecer só
f) Todos / todas - no plural, são sempre usados com artigo, exceto se houver palavra que o exclua ou um numeral não seguido de substantivo.

Pronomes interrogativos

São pronomes indefinidos usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem-se à terceira pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações).

Ex.: Quantos livros você tem?

Ex.: Perguntei quem lhe contou.

Usos especiais:
a) Que - como pronome substantivo, significa 'que coisa'. Como pronome adjetivo, significa 'que tipo de'.
b) O que - é uma forma enfática de que.
c) Qual - usado para escolher uma coisa ou pessoa dentre duas ou mais
d) Quanto - dá ideia de quantidade indefinida


Síntese Teórica I – Noções fundamentais.

1) Frase é qualquer mensagem que encerre sentido, havendo ou não verbo.  Se a frase contém verbo(explícito ou implícito), chama-se frase verbal; se a frase não contém verbo, chama-se frase nominal.

2) Oração é a frase verbal, ou seja, é o ununciado com verbo (explícito ou implícito).  

3) Período é a frase estruturada em oração ou orações. Quando o período apresenta uma só oração, diz-se que ele é simples; se, ao contrário, apresenta duas ou mais orações, diz-se que ele é composto.

Nem toda frase é oração, existem frases sem verbo.
Nem toda oração é frase, existem orações sem sentido completo.


Síntese Teórica II – Tipos de sujeito (I)

Sujeito é o termo sobre o qual se dá uma informação.  Em geral, é encontrada a partir das perguntas “Quem + verbo?”  ou “O que + verbo?”.

Alexandre Soares chegou ao Rio em 2011.

(Quem chegou?  Alexandre Soares.)


Eis os casos básicos de tipos de sujeito.


1) Sujeito Simples -  É o que possui apenas um núcleo (palavra mais importante: um substantivo ou equivalente).

Ex.1: A mãe de Alexandre Soares não era brasileira.

sujeito simples: A mãe de Alexandre Soares.

núcleo do sujeito: mãe


Ex.2: A mais bem vestida e educada aluna da classe caiu na poça.

sujeito simples: A mais bem vestida e educada aluna da classe.

núcleo do sujeito: aluna.


2) Sujeito Composto - É o que possui mais de um núcleo (sempre substantivo ou equivalente).

Ex.1:  Eu e você  nos amamos.  

Ex.2:  Seis ou sete  ficaram reprovados.


Síntese Teórica III– Tipos de sujeito (II)

3) Sujeito Desinencial - Embora não  esteja expresso na oração (não tendo, por isso mesmo, núcleo), pode ser facilmente identificado.  O sujeito desinencial também é chamado de implícito, oculto, subentendido ou elíptico.  Veja:

Estou estudando muito.   (sujeito oculto: eu.)


4) Sujeito Indeterminado - Ocorre em dois casos:

a) Quando o verbo é intencionalmente posto na 3ª pessoa do plural para indicar desconhecimento do praticante da ação expressa pelo verbo.  Veja:

Roubaram minha senha. (sujeito indeterminado)

Obs.: O contexto é sempre soberano na análise de cada caso.  Não basta o verbo estar na 3ª do plural para que haja sujeito indeterminado. Veja só.

    1ª oração  2ª oração

[Os alunos estiveram aqui]  [e sujaram o quadro.]

sujeito simples  sujeito oculto (eles)

b) Quando está presente o pronome indeterminador do sujeito: SE.  Por enquanto, você deve observar que, quando há tal pronome:

. o verbo está sempre na 3ª do singular;

. a ação do verbo não pode ser atribuída a ninguém especificamente, ou seja, tem caráter impreciso, geral e indeterminado;

. o verbo, em geral, é INTRANSITIVO (não precisa de complemento), TRANSITIVO INDIRETO (exige complemento com preposição) ou DE LIGAÇÃO (requer um predicativo do sujeito).

Ex. 1: Vive-se bem no interior.

Verbo: vive.  Intransitivo.

“se” – PIS (pron. indeterminador do sujeito)

Ex.2: Precisa-se de ajuda.

Verbo: precisa.  Transitivo Indireto.

“se” – PIS (pron. indeterminador do sujeito)

Ex.3: Era-se feliz naquela casa.

Verbo: era.  Verbo de Ligação.

“feliz”: predicativo do sujeito.

“se” – PIS (pron. indeterminador do sujeito)


Síntese Teórica IV– Tipos de sujeito (III)

5) Sujeito Inexistente -  É típico das orações  com os chamados verbos impessoais. Eis os principais casos:

a) Verbos que indicam fenômenos da natureza: chover, ventar, trovejar, nevar, gear, relampejar, anoitecer, amanhecer etc.

b) Verbo 'haver' no sentido de existir (ou ocorrer).  Aliás, nesta acepção, cresce na linguagem coloquial a substituição de 'haver' por  'ter', fato visto com reserva e resistência pelos nossos principais gramáticos.  Ex.: Há / Tem muitos alunos aqui.

c) Verbos haver, fazer, ir e ser na indicação de tempo decorrido.

Ex.: Há muitos anos  não venho aqui.

Síntese Teórica V– Tipos de predicado

Numa oração, em geral se procede assim: retirando-se o sujeito, o que sobra faz parte do radical.  Vejamos agora os tipos de predicado.

1) Predicado Nominal -  É o que tem como núcleo um predicativo.  Nele há sempre um dos chamados verbos de ligação, que podem indicar um estado:

a) permanente: ser, viver. Ex.: Ela é linda.

b) transitório: estar, andar. Ex.: Ela está tensa.

c) em mudança: ficar, virar. Ex.: Ela ficou doente.

d) em continuidade: continuar, permanecer. Ex.: Ela continua só.

e) aparente: parecer. Ex.: Ela parece tensa.


2) Predicado Verbal -  É o que tem como núcleo o próprio verbo da oração.  Tal verbo pode ser intransitivo ou transitivo.

a) Intransitivo - É o tipo de verbo que se basta a si mesmo, não exigindo complemento.  Por vezes, exige, sim, uma circunstância (adjunto adverbial).

Ex.: O artista faleceu.

b) Transitivo Direto - É o tipo de verbo que exige um complemento não necessariamente encabeçado por preposição.  Tal complemento é chamado de objeto direto.   

Ex.: Eu amo meus pais.

c) Transitivo Indireto - É o tipo de verbo que exige um complemento com preposição necessária.  Tal complemento é chamado de objeto indireto.

Ex.: Eu necessitava de companhia.

d) Transitivo Direto e Indireto -  É o tipo de verbo que exige dois complementos: o objeto direto e o objeto indireto.

Ex.: Escrevi uma carta aos meus pais.

3) Predicado Verbo-nominal  - É o  que tem dois núcleos: o verbo (intransitivo ou transitivo) e o predicativo, que pode ser do sujeito ou de algum objeto.

a) Com predicativo do sujeito:

Ex.: Ele chegou atrasado.   

b) Com predicativo do objeto direto:

Ex.: Eu julguei você culpada.

c) Com predicativo do objeto indireto:    A NGB só reconhece predicativo de OI, em construções com o verbo "chamar".  Veja só:

Chamei-o  (de) tolo. (predicat. do obj. direto)

Chamei-lhe (de) tolo. (predicat. do obj. indireto)

Quando o verbo é de ligação ou intransitivo, o predicativo é sempre do sujeito.
Quando o verbo é transitivo, o predicativo pode ser do sujeito ou do objeto.

A oração coordenada é aquela que se liga a outra oração da mesma natureza sintática. Em um período composto por coordenação, as orações são sintaticamente independentes, mas semanticamente dependentes.

Veja: [A jovem jovem falou com Agras] [e tirou as dúvidas].

                                                 1ª oração  2ª oração

Observe que a 2ª oração não exerce função sintática em relação à 1ª.

As orações coordenadas podem ser:

I) Assindéticas: Não apresentam conectivo. Estão apenas justapostas, separadas por vírgulaa.

Ex.: [Agras foi ao curso], [conversou com o diretor], [esclareceu as dúvidas].

II) Sindéticas: Apresentam conectivo.

Ex.: [Chegue cedo], [pois preciso falar com você].

Orações Coordenadas Sindéticas

Ao contrário das assindéticas, as orações sindéticas apresentam um conectivo e podem se diferenciar em:

1) Aditivas: Expressam ideia de adição, soma, sequência lógica. As conjunções coordenativas aditivas típicas são: e, nem, não só... mas também, não apenas... como (também).

Exemplos:

[Estudava] [e trabalhava].

[Não só estuda] [como também trabalha].

[Não veio] [nem telefonou].

2) Adversativas: Expressam uma oposição, um contraste, uma compensação em relação ao que se declara na oração coordenada anterior. Algumas conjunções: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto.

Exemplos:

[Falou muito], [mas não convenceu].

[Estava nervoso], [porém fez bela apresentação].

A adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e".  Veja só.

  Estudou, e errou muitas questões.

3) Alternativas: Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Alguns conectores: ou (repetido ou não), ora, já, quer, seja (repetidas).

Exemplos:

[Fale agora] [ou se cale para sempre].

[Ora xingava o juiz], [ora o elogiava]. (neste caso, as duas orações são sindéticas)

4) Conclusivas: Exprimem conclusão em relação à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portanto, pois (posposto ao verbo), então, assim.

Exemplos:

[Não tenho dinheiro], [portanto não comprei o carro].

[O time venceu]; [disputará o título, pois].

O conectivo pois, quando posposto ao verbo de sua oração, é sempre conclusivo.

5) Explicativas: Expressam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na oração anterior. O principal conector é pois (sempre no início da oração),mas também podem ter natureza explicativa: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, etc.

Exemplos:

[Choveu], [pois as ruas estão molhadas].

[Cumprimente-o], [porque ele venceu o torneio].

Quando a oração é coordenada sindética explicativa, é comum haver, na oração anterior, verbo no modo imperativo ou uma dedução.


Síntese Teórica I – Relações de causa e efeito.

Quando um período composto apresenta só orações coordenadas, diz-se que ele é composto por coordenação.  Quando um período é constituído de uma ou mais orações subordinadas ligadas a uma ou mais orações principais, então diz-se que ele é composto por subordinação.

Onde quer que haja uma oração subordinada, haverá necessariamente uma oração principal.  A oração subordinada não é independente, pois desempenha uma função sintática em relação à oração principal.  No caso das orações subordinadas adverbiais, funcionam como um adjunto adverbial (oracional) da oração principal.  Vamos estudar as orações adverbiais começando por aquelas que estabelecem uma relação de causa e efeito: causais e consecutivas.

1) Causais - Modificam a oração principal apresentando uma circunstância de causa. Os principais conectores causais são: porque, porquanto, como (= porque), visto que, já que, uma vez que, na medida em que.

Ex. 1: [Ele não saiu de casa], [porque choveu]. OP / Or. Sub. Adv. Causal

Ex. 2: [Como a mãe o enganou], [ele chorou]. Or. Sub. Adv. Causal / OP

2) Consecutivas - Exprimem um fato que é consequência do que se diz na oração principal. São, geralmente, introduzidas pela conjunção que (é comum haver na OP uma palavra que começa com T). Veja.

Ex. 1: [Ele sentiu tanta dor]  [que chorou]. OP / Or. Sub. Adv. Consecutiva

Ex. 2: [Agras correu tanto] [que chegou ofegante]. OP / Or. Sub. Adv. Consecutiva


Síntese Teórica II – Mais orações adverbiais.

Há, oficialmente (critérios da NGB), um total de nove orações subordinadas adverbiais.  Vamos ver mais algumas delas agora.

3) Concessivas – Expressam um fato contrário insuficiente para anular a realização de um outro (o qual é declarado na  principal).  Conectores mais frequentes: embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, apesar de que, por mais que, por menos que.

 [Embora estivesse aflita], [fez bom discurso]. Or. Sub. Adv. Concessiva / OP

4) Condicionais - Expressam uma condição em relação à ideia formulada pela oração principal.  As principais conjunções são: se, caso, desde que (com verbo no subjuntivo), contanto que, sem que, a menos que, salvo se, exceto se, uma vez que.

[Se ele demorar], [ela ficará aborrecida]. Or. Sub. Adv. Condicional / OP

5) Comparativas - Estabelecem uma comparação em relação à oração principal. Os principais conectivos são: como, tão...como, tanto...quanto, mais… (do) que, menos…(do) que.

[É mais dedicado] [do que o amigo (é)]. OP / Or. Sub. Adv. Comparativa

A oração comparativa, normalmente, apresenta verbo implícito. É sempre facultativa a presença do termo “do” antes de conjunções comparativas.

6) Conformativas - Indicam ideia de conformidade, ou seja, exprimem um modelo adotado para a execução do que se declara na oração principal. As principais conjunções são: conforme, como (= conforme), segundo, consoante.

[Conforme eu orientei], [ele fez as questões]. Or. Sub. Adv. Conformativa / OP


Síntese Teórica III – Demais orações adverbiais.

7) Temporais -Indicam uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou posterioridade.  As principais conjunções são: quando, enquanto, assim que, logo que, sempre que, antes que, mal (=assim que), apenas (logo que), depois que, até que, desde que.

  [Desde que ele chegou], [está estudando].  Or. Sub. Adv. Temporal / OP

8) Finais – Expressam a finalidade daquilo que se declara na oração principal. As principais conjunções são: para que, a fim de que, que, porque (= para que).

[Fiz de tudo] [para que ele me compreendesse]. OP / Or. Sub. Adv. Final

9) Proporcionais - Expressam uma proporção relação à ideia formulada pela oração principal. As principais conjunções são: à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, quanto mais ... menos, quanto menos ... mais.

[Quanto mais estudo], [mais sei]. Or. Sub. Adv. Proporcional / OP

Lista de substantivos, adjetivos e verbos cognatos
Substantivo     Adjetivo     Verbo
alegria     alegre     alegrar
ambição     ambicioso     ambicionar
amor     amoroso     amar
angústia     angustiado     angustiar
arrumação     arrumado     arrumar
cansaço     cansado     cansar
censura     censurado     censurar
certeza     certo     acertar
chuva     chuvoso     chover
compreensão     compreensivo     compreender
confusão     confuso     confundir
coragem     corajoso     encorajar
crescimento     crescido     crescer
culpa     culpado     culpar
decepção     decepcionado     decepcionar
desconfiança     desconfiado     desconfiar
divertimento     divertido     divertir
doçura     doce     adoçar
domínio     dominante     dominar
educação     educado     educar
enjoo     enjoado     enjoar
equilíbrio     equilibrado     equilibrar
erro     errado     errar
estima     estimado     estimar
estrela     estrelado     estrelar
flor     florido     florescer
força     forte     fortalecer
fraqueza     fraco     enfraquecer
gordura     gordo     engordar
grandeza     grande     engrandecer
grossura     grosso     engrossar
ilusão     iludido     iludir
imaginação     imaginativo     imaginar
incômodo     incomodado     incomodar
inovação     inovador     inovar
inveja     invejoso     invejar
lei     legal     legalizar
luz     luzidio     luzir
magreza     magro     emagrecer
movimento     movimentado     movimentar
obrigação     obrigatório     obrigar
organização     organizado     organizar
orgulho     orgulhoso     orgulhar
perda     perdido     perder
peso     pesado     pesar
pobreza     pobre     empobrecer
poeira     empoeirado     empoeirar
responsabilidade     responsável     responsabilizar
riqueza     rico     enriquecer
riso     risonho     rir
satisfação     satisfeito     satisfazer
simpatia     simpático     simpatizar
tristeza     triste     entristecer
variedade     variado     variar
velhice     velho     envelhecer
vento     ventoso     ventar

Advérbios cognatos

    alegremente;
    ambiciosamente;
    amorosamente;
    angustiadamente;
    certamente;
    corajosamente;
    desconfiadamente;
    divertidamente;
    docemente;
    educadamente;
    erradamente;
    fortemente;
    fracamente;
    grandemente;
    obrigatoriamente;
    organizadamente;
    orgulhosamente;
    perdidamente;
    responsavelmente;
    ricamente;
    tristemente;
    variadamente.

Palavras cognatas são palavras que apresentam uma raiz e significação comum, tendo a mesma origem etimológica.
Palavras cognatas de terra

    terrestre;
    terreno;
    enterrar;
    terraço;
    terreiro;
    térreo;
    terreal.

Palavras cognatas de mar

    marítimo;
    marinho;
    marinha;
    marinheiro;
    maresia;
    maré;
    marear.

Palavras cognatas de poeira

    poeirada;
    poeirento;
    empoeirado;
    empoeirar;
    desempoeirado;
    desempoeirar.

Palavras cognatas de pedra

    pedreiro;
    pedregulho;
    pedrada;
    apedrejar;
    pedraria;
    pedregoso;
    empedrado.

Palavras cognatas de corpo

    corporal;
    corpóreo;
    corpúsculo;
    corpanzil;
    incorporar;
    corporação;
    corpinho.

Palavras cognatas de livro

    livraria;
    livreiro;
    livresco;
    livrete;
    livreto;
    livrório;
    livralhada.

Palavras cognatas de boca

    bucal;
    bocal;
    desbocado;
    boquiaberto;
    embocar.

Palavras cognatas de luz

    luzente;
    luzidio;
    luzir;
    reluzir;
    reluzente.

Palavras cognatas de papel

    papelaria;
    papelada;
    papelão;
    papeleiro;
    papelete;
    empapelar.

Palavras cognatas de flor

    florir;
    florido;
    floreira;
    florista;
    floral;
    florescer;
    floreado.

Palavras cognatas de casa

    casebre;
    casarão;
    casario;
    caseiro;
    casota;
    casar.

Palavras cognatas de porta

    portão;
    portaria;
    porteiro;
    portal;
    portada;
    portinhola.

Palavras cognatas de chuva

    chuvisco;
    chuvada;
    chover;
    chuviscar;
    chuvinha;
    chuveiro.

Palavras cognatas de sapato

    sapateiro;
    sapatear;
    sapateado;
    sapatilha;
    sapataria;
    sapatinho.

Palavras cognatas de equilíbrio

    equilibrar;
    equilibrista;
    equilibrado;
    desequilibrar;
    desequilibrado.

Falsos cognatos

Existem palavras que podem ser consideradas como falsos cognatos, como faminto e famigerado. Embora apresentem algumas similaridades na sua forma, não são provenientes do mesmo radical de significação.

É muito comum a existência de falsos cognatos entre a língua portuguesa e a língua inglesa. Há diversas palavras que são parecidas mas que têm origem e significados completamente diferentes. Os principais são:

adept quer dizer especialista, e não adepto, que é supporter;
anthem tem o sentido de hino, e não de antena, que é antenna;
argument significa discussão, e não argumento, que é reasoning;
cigar é charuto, e não cigarro, que é cigarette;
college quer dizer faculdade, e não colégio, que é school;
costume tem o sentido de fantasia, e não costume, que é habit;
date significa dados, e não data, que é date;
deception é engano ou ilusão, e não decepção, que é disappointment;
exit é saída, e não êxito, que é success;
exquisite significa sofisticado, e não esquisito, que é strange;
fabric é tecido, e não fábrica, que é factory;
idiom quer dizer expressão idiomática, e não idioma, que é language;
ingenious tem o sentido de engenhoso, e não ingênuo, que é naive;
inhabitable é habitável, e não inabitável, que é uninhabitable;
graduate significa pós-graduação, e não graduação, que é undergraduate;
journal quer dizer revista especializada, e não jornal, que é newspaper;
legend tem o sentido de lenda, e não legenda, que é subtitle ou caption;
library é biblioteca, e não livraria, que é bookstore;
lunch quer dizer almoço, e não lanche, que é snack;
magazine quer dizer revista, e magazine, que é department store;
mayor significa prefeito, e não maior, que é bigger;
notice tem o sentido de aviso, e não notícia, que é news;
novel quer dizer romance, e não novela, que é soap opera;
physician significa médico, e não físico, que é physicist;
patron tem o sentido de padroeiro, e não patrão, que é boss ou employer;
realize é perceber, e não realizar, que é to carry out, accomplish ou come true;
requirement quer dizer requisito, e não requerimento, que é request;
resume significa recomeçar, e não resumo, que é summary;
retribution tem o sentido de retaliação, e não retribuição, que é remuneration (salário) e reward (prêmio);
sensible quer dizer sensato, e não sensível, que é sensitive;
terrific significa excelente, e não terrível, que é terrible;
application é inscrição, e não aplicação (financeira), que é investment;
carton quer dizer caixa de papelão, e não cartão, que é card;
balcony significa sacada, e não balcão, que é counter;
educated tem o sentido de instruído, e não educado, que é polite;
prejudice quer dizer preconceito, e não prejuízo, que é damage ou loss;
refrigerant tem o sentido de substância refrigerante, e não refrigerante, que é soda;
support significa apoiar, prestar serviço de atendimento ao cliente ou dar assistência técnica, e não suportar, que é to bear;
traduce significa difamar, e não traduzir, que é translate;
education é instrução, e não educação (boas maneiras), que é politeness;
enroll significa matricular-se, e não enrolar, que é to roll;
estate quer dizer patrimônio, e não estado, que é state;
exciting é empolgante, e não excitante, que é sexy;
luxury quer dizer luxo, e não luxúria, que é lust;
miserable significa triste, e não miserável (avarento), que é mean;
mascara é rímel, e não máscara, que é mask;
oration quer dizer discurso, e não oração, que é prayer (ato religioso) ou clause (no sentido gramatical);
pork é carne de porco, e não porco, que é pig;
prescribe significa receitar, e não prescrever, que é to expire;
reclaim é recuperar, e não reclamar, que é to complain;
sort quer dizer tipo, e não sorte, que é luck;
syllabus é conteúdo programático, e não sílaba, que é syllable;
sympathy quer dizer compaixão, e não simpatia, que é affection ou liking;
turn é vez (substantivo) ou virar (adjetivo), e não turno, que é round ou shift;
vine significa videira, e não vinho, que é wine;
tentative quer dizer provisório, e não tentativa, que é attempt;
curse significa maldição, e não curso, que é course;
compromise é acordo, e não compromisso, que é appointment.
actually quer dizer na verdade, e não atualmente, que é currently ou nowadays;
audience tem o sentido de plateia, e não de audiência (judicial), que é court appearance;
compromise significa entrar em acordo, e não compromisso, que é appointment ou date;
eventually é finalmente, e não eventualmente, que é occasionally;
injury quer dizer ferimento, e não injúria, que é insult ou offense;
intoxication tem o sentido de embriaguez, e não de intoxicação, que é poisoning;
lecture significa palestra, e não leitura, que é reading;
motel é hotel de beira de estrada, e não o nosso motel, que é love motel;
parents são pais, e não parentes, que são relatives;
policy significa diretriz, norma ou apólice de seguro, e não polícia, que é police;
preservative é conservante, e não preservativo, que é condom;
pretend quer dizer fingir, e não pretender, que é to intend ou to plan;
intend significa pretender, e não entender, que é to understand;
beef tem o sentido de carne bovina, e não bife, que é steak;
fantasy significa imaginação, e não fantasia, que é costume;
location quer dizer localização, e não locação, que é rental;
pull é puxar, e não pular, que é to jump; push tem o sentido de empurrar, e não puxar, que é to pull;
tax quer dizer imposto, e não taxa, que é rate ou fee;
income tax return é declaração de imposto de renda, e não restituição de imposto de renda, que é income tax refund;
vegetables quer dizer verduras, e não vegetais, que é plants;
ultimate significa definitivo, e não ultimato, que é ultimatum;
moisture tem o sentido de umidade, e não mistura, que é mix ou blend;
scholar significa estudioso ou acadêmico, e não escolar (adjetivo), que é school;
professor quer dizer professor universitário, e não o de ensino médio e fundamental, que é teacher;
receipt quer dizer recibo, e não receita, que é recipe, prescription ou revenue;
resumé é currículo, e não resumir, que é to sum up;
retire significa aposentar, e não retirar, que é to remove;
rim tem o sentido de borda, e não rim, que é kidney;
truck quer dizer caminhão, e não truque, que é trick;
tent significa barraca ou tenda, e não tentar, que é to try;
effective é eficaz, e não efetivo, que é permanent;
clique significa panelinha, e não clique, que é click;
guitar é violão, e não guitarra, que é electric guitar;
comprehensive significa abrangente, e não compreensivo, que é understanding;
commodity quer dizer mercadoria, e não comodidade, que é comfort;
contest é concurso ou competição, e não contexto, que é context;
dairy significa laticínios, e não diário, que é diary (substantivo) e daily (adjetivo);
diversion quer dizer desvio, e não diversão, que é fun ou entertainment;
divert é desviar, e não divertir, que é to fun ou entertain;
directory significa catálogo ou lista telefônica, e não diretoria, que é board;
lent é quaresma, e não lente, que é lens;
office quer dizer escritório ou consultório, e não oficial, que é official (adjetivo) ou officer (das forças armadas);
appointment tem o sentido de compromisso, e não apontamento (observação), que é note;
phrase significa expressão consagrada, e não frase, que é sentence;
spectacles quer dizer óculos, e não espetáculos, que é shows ou concerts;
service é atendimento, e não serviço, que é job;
senior significa profissional experiente, e não senhor, que é sir;
principal quer dizer diretor de escola, e não principal (adjetivo), que é main;
convict tem o sentido de réu, e não convicto, que é sure;
grocery significa mercearia, e não grosseria, que é rudeness;
dependable quer dizer confiável, e não dependente, que é dependent ou subordinate;
discussion é debate, e não discussão (bate-boca), que é argument;
valorous significa corajoso, e não valorizado, que é appreciated.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

São João na Paraíba 2025: conheça a programação completa das festas

Confira agenda de shows de Xand Avião para o São João 2025, na Paraíba

lista de ajustes e configurações - TV Philco