Brasileiros apertam o orçamento e planejam gastar até R$ 1.000 nas festas de fim de ano, aponta levantamento

De acordo com um estudo da Serasa em parceria com o Instituto Opinion Box, realizada entre 19 de novembro e 2 de dezembro de 2025, com 1.028 entrevistas online em todas as regiões do país, pouco mais da metade dos consumidores (53%) pretende participar de celebrações como Natal, Réveillon ou confraternizações. Entre os que planejam comemorar, 76% estimam gastar até R$ 1.000, valor que inclui ceias, presentes e encontros sociais.
As reuniões familiares continuam sendo as preferidas e aparecem no topo das intenções (87%). Em seguida vêm as festas corporativas (27%) e encontros entre amigos (23%). Para bancar esses eventos, os entrevistados afirmam que pretendem recorrer principalmente ao salário do mês (23%), ao décimo terceiro, total ou parcial, (18%) ou até a empréstimos (15%).
A pesquisa também mostra que seis em cada dez participantes consideram essas datas muito importantes. Ainda assim, 42% reconhecem que o período gera pressão no orçamento, e 73% relatam preocupação com os gastos. A realidade financeira já impediu muitos brasileiros de comemorar, 68% afirmam ter deixado de participar de festas anteriores devido a dívidas.
A pesquisa mostra um movimento de cautela maior neste ano: 54% pretendem desembolsar menos do que gastaram em 2024. Entre os motivos, destacam-se a decisão de priorizar o pagamento de dívidas (39%) e o fato de já estarem endividados (22%).
Segundo o levantamento, 60% dos entrevistados se organizam especificamente para as despesas de fim de ano, e quase metade (46%) começa essa preparação antes de novembro.
“O fim de ano tem um significado muito forte para os brasileiros, especialmente pela presença da família e amigos”, observa a especialista em educação financeira da Serasa, Aline Vieira. “A organização financeira se torna ainda mais importante nesse período, pois permite celebrar sem comprometer o orçamento dos meses seguintes, que vem carregado com pagamentos recorrentes e sazonais, como IPTU, IPVA, rematrículas, entre outros.”